Passeio Ribeirinho da Póvoa é um espaço de eleição à porta de casa
O Parque Ribeirinho Moinhos da Póvoa e Ciclovia do Tejo, na Póvoa de Santa Iria, é um espaço utilizado por centenas de pessoas que gostam de praticar exercício físico ao ar livre, realizar passeios românticos à beira Tejo, entre outras actividades. Quem o frequenta diariamente afirma que é um local de eleição mas que deveria ser mais bem aproveitado e conservado.
Quem frequenta o Parque Ribeirinho Moinhos da Póvoa e Ciclovia do Tejo, um espaço de recreio e lazer na Póvoa de Santa Iria com 23 mil metros quadrados e uma via pedonal e ciclável com dois quilómetros de extensão, tem-se queixado da falta de limpeza e manutenção do local situado à beira do rio Tejo e com vista privilegiada para o Mouchão da Póvoa.
Curiosamente, no dia em que a reportagem de O MIRANTE foi ao passeio ribeirinho, uma das primeiras pessoas que encontrou foi Francisco J., funcionário da empresa responsável pela manutenção do espaço. Francisco conta que desde que começou a trabalhar naquela zona, há dois anos, têm-se verificado melhorias significativas. “Quando comecei a trabalhar aqui o espaço estava muito mal cuidado; muitas das plantas estavam mortas por não serem regadas há muito tempo e o lixo acumulava-se ao longo de todo o percurso”, explica.
Actualmente, o funcionário continua a observar pessoas a deitarem lixo para o chão e, sempre que pode, tenta sensibilizá-las para não o fazerem. “Deixa-me revoltado a falta de civismo de algumas pessoas. O meu trabalho deveria ser apenas cuidar dos espaços verdes mas a maior parte do tempo passo-o a apanhar do chão beatas de cigarro, papéis e plásticos”, sublinha.
“Espaço poderia ser mais bem aproveitado”
Alexandre Silva gere há cerca de um ano o único café no passeio ribeirinho, o Riverside Lounge Bar. O amigo Ruben Ramos ajuda-o a manter o negócio atractivo para que seja mais um factor que convida as pessoas a visitarem aquele que, consideram, pode vir a ser um espaço de eleição no concelho de Vila Franca de Xira se for mais bem aproveitado. No entanto, Alexandre Silva acredita no sucesso do seu negócio e tem a certeza que, com mais oferta turística e mais espaços lúdicos, o parque ribeirinho é o sítio ideal para o convívio entre famílias e amigos.
Durante os dias de semana os clientes habituais do café, para além das famílias e casais de namorados, são os funcionários das fábricas que laboram naquela zona. Alexandre Silva conta que ao fim-de-semana é mais comum encontrar no parque jovens a jogar no campo de voleibol, famílias a realizarem piqueniques e o agrupamento de escuteiros da cidade também costuma realizar com frequências actividades ao longo do percurso.
Um dos grupos que O MIRANTE encontrou sentado à beira-rio costuma ir diariamente caminhar para o parque. São quatro amigos de longa data que, vincam, gostam do respirar ar puro enquanto partilham memórias dos seus tempos de mocidade. Nascimento, o mais novo dos quatro, com 66 anos, é a alegria do grupo. Gonçalo, João e Homero, o mais velho, de 77 anos, alinham em quase todas as suas brincadeiras. “Somos amigos mas gostamos uns dos outros como se fossemos irmãos. Juntamo-nos aqui todos os dias para conversar e aproveitar bem o tempo, uma vez que estamos todos reformados. É uma sorte termos este espaço à porta de casa”, afirmam.