A Câmara Municipal de Tomar assinou um protocolo com a Ordem dos Pobres Cavaleiros do Templo de Jerusalém (OPCTJ) com o objectivo de implementar na cidade o Museu da Ordem dos Templários (MOT) e potenciar o seu valor turístico e económico. O protocolo de cooperação foi assinado durante a I Convenção anual da OPCTJ, que decorreu no Hotel dos Templários e no Convento de Cristo, de 5 a 7 de Novembro. O museu deverá ficar inicialmente localizado na Casa dos Tectos, actual sede da Escola Profissional de Tomar.

Cerca de uma semana depois da assinatura do protocolo, em sessão camarária, o executivo aprovou a ratificação do documento, com os votos a favor dos quatro eleitos socialistas, mas Anabela Freitas, presidente do município, não escapou às críticas dos vereadores do PSD, que não concordaram com a forma como foi conduzido o processo.

Os social-democratas votaram contra a ratificação e o vereador Tiago Carrão referiu que a autarquia lida com a temática templária de uma forma leviana e sem lhe dar a devida importância. O autarca mostrou-se insatisfeito por a oposição não ter tido conhecimento prévio da celebração do protocolo tendo em conta a importância que a temática dos templários representa para a dinâmica do concelho.

“Este tema deveria ter sido debatido por todo o executivo, de maneira a ouvir todos os contributos”, disse Tiago Carrão acrescentando que as sessões camarárias devem servir para que todos os elementos contribuam para enriquecer a gestão autárquica. Tiago Carrão afirmou ainda ter dúvidas quanto à relevância do protocolo, por não definir bem no que consiste o projecto.

Anabela Freitas explicou que o objectivo é implementar um museu com uma projecção internacional de forma a aumentar o potencial turístico e económico do território. A autarca espera, através do espaço, poder contar a história dos templários em Tomar e no país apostando num museu interactivo e que tenha capacidade para captar o interesse de todas as gerações.