Bairro fantasma de Vale Judeus pode reforçar habitação acessível em Azambuja
Serviços prisionais estão disponíveis para protocolar com a Câmara de Azambuja a cedência das habitações devolutas.
A Câmara de Azambuja pretende reforçar a oferta de habitação a preços acessíveis no concelho e para isso quer gerir o bairro do Estabelecimento Prisional de Vale Judeus, em Alcoentre, devoluto há mais de uma década. Segundo o vice-presidente do município, António Matos, os serviços prisionais “estão disponíveis para que o município fique a gerir todas as habitações que não estão a ser ocupadas”.
O autarca socialista falava na última reunião do executivo onde deu ainda nota que o município reuniu com a Secretaria de Estado da Habitação para informar da falta de habitação no concelho e abordar a Estratégia Local de Habitação a implementar. No caso dos fogos habitacionais de Vale Judeus a estratégia passaria pela sua requalificação antes de serem disponibilizados num programa de renda apoiada.
António Matos referiu ainda que está a ser elaborado um regulamento, para que nas habitações de arrendamento acessível, entre outros benefícios fiscais, o IVA seja fixado nos seis por cento e os proprietários fiquem isentos do pagamento do Imposto Municipal sobre os Imóveis (IMI).
O bairro do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus é uma antiga urbanização que já foi habitada por dezenas de guardas prisionais e director da prisão. Em tempos áureos, como no ano de 1974 em que lá residiam 200 famílias, foi um pequeno burgo com direito a escola, bar, capela, refeitório e transporte próprio para os filhos dos funcionários que estudavam fora.