O secretário de Estado adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, deslocou-se ao concelho de Constância na segunda-feira, 6 de Dezembro, para presidir à inauguração oficial da Extensão de Saúde de Montalvo, que está a funcionar desde 9 Abril deste ano.

O novo equipamento resultou da adaptação do antiga escola primária de Montalvo, mediante protocolo assinado entre a Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo e a Câmara Municipal de Constância. Com um custo total elegível de 161.243 euros, a empreitada foi financiada em 136,502 euros pela União Europeia tendo o valor restante sido suportado pelo município. A ARS assegurou o recheio do edifício dotando-o de equipamentos, mobiliário e recursos humanos.

Os mais de mil habitantes da freguesia de Montalvo estiveram sem médico de família e serviço de enfermagem entre 2009 e 9 de Abril deste ano quando começou a funcionar a nova extensão de saúde. A antiga extensão de saúde funcionou até 2009 no edifício da Casa do Povo de Montalvo e ficou sem médicos de família e serviços de enfermagem naquele ano devido à falta de profissionais de saúde. Desde então, os utentes tiveram de se deslocar a Constância ou a Abrantes, numa situação que nunca foi do agrado da população, que chegou a organizar vigílias de protesto.

CDU denuncia problemas

A pretexto da inauguração agora ocorrida, a CDU de Constância emitiu um comunicado para denunciar problemas existentes na falta de prestação de cuidados de saúde à população designadamente consultas médicas e o irregular e deficiente funcionamento do Centro de Saúde de Constância e respectivas extensões de Saúde de Montalvo e Santa Margarida. “Veja-se a título de exemplo que durante a semana de 29 de Novembro a 3 de Dezembro a extensão de saúde de Montalvo esteve encerrada”, diz aquela força política.

“Entendemos que a situação pandémica não pode servir de desculpa para tudo e que há anos a falta de médicos e outros profissionais de saúde está identificada pelo que entendemos que não houve vontade política de investir no Serviço Nacional de Saúde por parte dos sucessivos governos”, diz ainda a CDU.