Governante declara apoio ao aeroporto em Santarém na feira de Mação
Secretário de Estado da Conservação da Natureza disse, durante a inauguração da Feira Mostra de Mação, que o aeroporto fará muito mais sentido na região de Santarém e desafiou o PSD a envolver-se também na defesa dessa localização.
O presidente da Câmara de Mação, Vasco Estrela (PSD), aproveitou a presença do secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas, João Paulo Catarino, na inauguração da Feira Mostra de Mação, no dia 30 de Junho, para falar da localização do novo aeroporto. O autarca criticou as declarações do ministro das Infraestruturas, João Galamba, que disse que o aeroporto em Santarém seria muito longe de Lisboa. “O aeroporto em Santarém é o que Mação, o Médio Tejo, Beira Baixa, Coimbra e Leiria também defendem. A decisão será política e não tenho dúvidas que o Governo tem uma oportunidade única de mostrar o que é a coesão territorial. Se os estudos o permitirem Santarém deverá ser o local do futuro aeroporto de Portugal, que servirá Lisboa, mas também vai servir o país”, destacou.
O secretário de Estado João Paulo Catarino, que foi presidente da Câmara de Proença-a-Nova, eleito pelo PS, concorda que, para a coesão nacional, o aeroporto na zona de Santarém fará muito mais sentido. “É importante que o PSD também se envolva, também nos ajude a defender essa localização que para mim também é a que mais interessa ao país”, disse, perante a presença dos deputados social-democratas eleitos pelo distrito de Santarém, Isaura Morais, Inês Barroso e João Moura.
Vasco Estrela falou também sobre os problemas na área da saúde sobretudo a falta de médicos no interior do país. Nos agrupamentos de Centros de Saúde do Médio Tejo e da Lezíria do Tejo foram abertas 70 vagas para médicos de família e apenas três foram preenchidas. O autarca questionou como será possível inverter a tendência de despovoamento no interior do país e atrair população se não há médicos nem serviços para oferecer.
Vasco Estrela reforçou que muitas pessoas de idade são obrigadas a irem para a porta do centro de saúde local de madrugada para tentarem ter uma consulta. “Não peço milagres mas o Governo tem obrigação de dizer à população aquilo com que podemos contar em relação à saúde. Não podemos dizer que temos mais 200 mil utentes com médico de família quando a grande maioria não tem médico de família”, realçou. O edil recordou que a Câmara de Mação aprovou a atribuição de um apoio de 2.500 euros mensais para atrair médicos de família para o concelho, até agora sem interessados.
O secretário de Estado garantiu que se o problema da saúde fosse dinheiro ele estaria resolvido porque todos os anos o orçamento aumentaria. “Há um conjunto de problemas que têm que ser resolvidos na saúde e não é por falta de dinheiro”, disse.