Motorista da Cercipóvoa despedido após ser apanhado com excesso de álcool
Condutor alcoolizado preparava-se para conduzir autocarro cheio de utentes e foi impedido por uma funcionária que estranhou o seu comportamento alterado. Instituição garante que não renovou o seu contrato de trabalho e encontra-se a recrutar novo motorista.
Um motorista da Cercipóvoa - Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Póvoa de Santa Iria que apoia pessoas com deficiência da região, preparava-se para conduzir um autocarro da instituição cheio de utentes quando se encontrava alcoolizado no final de Junho e foi suspenso de funções, com a agravante de o seu contrato de trabalho não ser renovado.
A situação aconteceu no dia 27 de Junho pelas 16h00 e valeu a intervenção de uma trabalhadora da instituição que se apercebeu do comportamento alterado do condutor pouco depois de almoço e decidiu alertar o presidente da direcção para a situação. A instituição chamou a Polícia de Segurança Pública à Cercipóvoa e o trabalhador evocou que se encontrava alterado devido a medicamentos que estava a tomar. No entanto, o teste de alcoolemia realizado demonstrou que o motorista apresentava uma taxa de alcoolemia de 1,7 gramas de álcool por litro de sangue (g/l). Um valor bem acima do previsto na lei, que estabelece para os motoristas de viaturas de passageiros um limite máximo de 0,2 g/l, e que configura a prática de crime.
O motorista foi de imediato suspenso de funções, assegura a O MIRANTE o presidente da instituição, José Gonçalves, que não se mostra agradado com o que aconteceu. “Ficou suspenso de funções até ao final do seu contrato que terminou a 30 de Junho e não foi renovado. Estamos neste momento a procurar e a recrutar um novo motorista”, assegura o dirigente.
O condutor já tinha um histórico de excesso de álcool ao volante. Em Fevereiro de 2017 foi também apanhado a conduzir sob o efeito do álcool uma viatura com cinco utentes, igualmente depois de uma das funcionárias temer pela segurança dos passageiros e ter alertado a polícia. Quando o veículo foi interceptado e mandado parar o condutor registou uma taxa de 0,43 g/l. Nessa altura estava a prestar um serviço excepcional à instituição devido à ausência do motorista principal.
Em 2016 os autocarros da instituição também foram notícia depois de um extintor ter acidentalmente descarregado pó químico no interior de um autocarro que estava estacionado nas instalações. O extintor descarregou-se depois da cavilha de segurança ter saltado com o impacto de uma cadeira de rodas de um dos utentes obrigando 16 utentes e seis colaboradores a receber assistência médica por inalação do produto, que é irritante mas não tóxico.