Orquestra Típica Scalabitana mantém tradições com meia centena de elementos
A tarde de domingo, 29 de Outubro, foi diferente no W Shopping em Santarém, com a actuação da Orquestra Típica Scalabitana, grupo formado em 1946 por António Gavino. A assistir à actuação estiveram dezenas de pessoas numa iniciativa integrada nas comemorações do 20ºaniversário do espaço comercial.
As tradições que António Gavino fez questão de preservar ao longo da sua liderança têm de ser mantidas, afirma Luís Rodrigues, actual presidente do grupo. O objectivo primordial, explica a O MIRANTE, continua a ser a defesa e apresentação de músicas e canções que se foquem e enalteçam o Ribatejo e a cidade de Santarém. Os trajes de campino, os de domingueiros, que se caracterizam pela predominância da cor preta, e também os trajes característicos de Benfica do Ribatejo, no concelho de Almeirim, marcam a diferença em relação a outros grupos musicais.
Abílio Figueiredo é o maestro da Orquestra Típica Scalabitana. O grupo tem cerca de meia centena de elementos que tocam diversos instrumentos musicais, nomeadamente guitarra portuguesa, viola, bandolins, clarinetes, flautas, flautins, baixo, acordeões e também tem um coro. “O nosso papel é difundir a música do Ribatejo pelo Ribatejo”, refere Luís Rodrigues. Sobre o repertório da orquestra, Luís Rodrigues diz que já perdeu a conta, mas que seguramente deverá ter mais de uma centena de músicas.
O contacto com as gerações mais novas é fundamental, refere. Através da internet são realizadas oficinas, que servem para promover e ensinar música e, quem sabe, conquistar o interesse dos participantes para integrarem a orquestra. Segundo Luís Rodrigues, a orquestra ainda está a recuperar do impacto da pandemia, período no qual o número de actuações reduziu. O ano de 2023 assinala 77º aniversário da Orquestra Típica Scalabitana. O grupo tem um disco gravado que tem data de lançamento marcada para dia 16 de Dezembro.