Oliveiras abandonadas em Abrantes procuram padrinhos
O projecto “Apadrinhar uma Oliveira” foi lançado em Junho deste ano e já conta com 80 aderentes.
O projecto “Apadrinhar uma Oliveira” quer que 300 oliveiras abandonadas na zona de Abrantes sejam apadrinhadas até ao Natal, de forma a recuperá-las, criar novos postos de trabalho e desenvolver o património natural local, anunciou a organização. A iniciativa consiste em que o padrinho “escolhe uma oliveira abandonada, baptiza-a, recebe notícias da evolução da sua árvore e visita-a quando quiser”, explica a Apadrinhaumaoliveira num comunicado, acrescentando que o apadrinhamento implica uma doação anual de 60 euros. Como agradecimento o padrinho recebe dois litros de azeite virgem extra por ano, produzido a partir das azeitonas das oliveiras abandonada.
Segundo a associação, o “Apadrinhar uma oliveira” foi lançado em Junho deste ano e já conta com 80 padrinhos, o que levou à criação de três postos de trabalho a tempo inteiro e à apanha de 950 quilos de azeitonas este Outono. Em Abrantes, aquela instituição estima que haja cerca de dez mil oliveiras para recuperar, fruto do abandono dos campos. “Se chegarmos às 300 oliveiras apadrinhadas até ao Natal criamos mais um posto de trabalho local e tornamos este projecto viável”, afirmou o director do “Apadrinhar uma oliveira”, João Rijo, citado no comunicado.
Sugerindo ser uma prenda de Natal solidária a associação defende no comunicado que este é um presente que permite também “agir, sensibilizar e implementar iniciativas inovadoras”. Por isso, “dar a possibilidade de ser padrinho ou madrinha de uma oliveira é oferecer um presente sustentável, que promove a recuperação de património natural e a criação de postos de trabalho”, explica João Rijo.
Além de ter como objectivo recuperar os olivais abandonados, “Apadrinhar uma Oliveira” quer sublinhar a importância das oliveiras para o património cultural e natural de Abrantes, que tem árvores com mais de 500 anos incluindo a oliveira mais antiga da Península Ibérica, com 3.350 anos.