Comunidade ucraniana de Santarém assinalou dois anos de guerra
Algumas dezenas de ucranianos manifestaram-se na tarde de 24 de Fevereiro em Santarém contra a invasão russa e para agradecer o apoio de Portugal. “Não existe outra escolha que não seja lutar pela nossa sobrevivência”, refere a presidente do núcleo de Santarém da Associação dos Ucranianos em Portugal.
A comunidade ucraniana assinalou no sábado, 24 de Fevereiro, os dois anos da invasão russa à Ucrânia, com uma concentração no Jardim da Liberdade, em Santarém. Seguiu-se uma marcha até à Praça do Município, onde vários participantes discursaram em ucraniano e em português, apelando à continuação do apoio ao seu país e agradecendo os contributos que Portugal e os portugueses têm dado para essa causa.
A presidente do núcleo de Santarém da Associação dos Ucranianos em Portugal, Tetyana Tarnavska, diz que há que continuar a acreditar numa vitória da Ucrânia e do mundo livre contra um regime totalitário e opressivo e defende que os russos devem pagar a reconstrução da Ucrânia. “Não existe outra escolha que não seja lutar pela nossa sobrevivência”, referiu, sublinhando o acolhimento e apoio que tem sido dado ao povo ucraniano em Santarém por autarquias, instituições várias e população. Revelou que ainda agora continuam a ser enviados regularmente bens para a Ucrânia.
Viktoriia Svitlyehna, 35 anos, ucraniana residente em Santarém há oito anos, diz que é difícil expressar o que lhe vai na alma quando sabe o sofrimento que se vive no seu país. Através de O MIRANTE deixou também o seu agradecimento a Portugal e ao povo português pela solidariedade manifestada durante estes dois anos, desde logo com o acolhimento de refugiados e com a angariação de bens diversos para enviar para a Ucrânia.
O presidente e o vice-presidente da Câmara de Santarém e alguns quadros do município também marcaram presença para expressar a sua solidariedade para com o povo ucraniano. Ricardo Gonçalves, líder do município, diz que a luta da Ucrânia contra a “invasão bárbara” ao seu território é também uma luta pelos valores da liberdade e da democracia, pelo que deve continuar a ser apoiada, pois essa guerra “pode parecer longe mas de repente pode ficar muito perto de nós”.