Ponte de Santana encerrada por estar em risco de colapso
Câmara do Cartaxo decidiu encerrar a ponte de Santana, sobre a Vala de Azambuja, que liga as freguesias de Vila Chã de Ourique e de Valada, devido ao mau estado da estrutura. LNEC avisa que há risco de colapso.
A Câmara do Cartaxo decidiu encerrar ao trânsito a ponte de Santana, situada na EN3-3, sobre a Vala da Azambuja, devido ao risco de colapso de alguns arcos da ponte construída em pedra. A proposta do presidente do município, João Heitor (PSD), foi aprovada por unanimidade em reunião extraordinária do executivo camarário realizada a 23 de Fevereiro. Segundo informa o município em comunicado, as conclusões de um relatório do LNEC (Laboratório Nacional de Engenharia Civil) destacam “o risco de colapso de alguns arcos da ponte e a possibilidade de a passagem de veículos pesados poder provocar o colapso imediato da ponte”.
A travessia liga as freguesias de Vila Chã de Ourique e Valada e o relatório do LNEC foi decisivo para a decisão unânime de todas as forças de segurança, entidades e eleitos locais. Na reunião extraordinária, o executivo municipal analisou o relatório da inspecção do LNEC onde se descreve que as “anomalias comprometem a resistência da ponte, afectando assim a sua segurança estrutural“ e recomenda que “deva ser encerrada ao tráfego por não reunir as condições de segurança necessárias”. As grandes brechas nos arcos da ponte são claramente visíveis e sinais evidentes da degradação daquela infraestrutura.
João Heitor destaca a importância que a travessia tem para a população do concelho, com destaque para as famílias, empresas, instituições e explorações agrícolas das freguesias de Vila Chã de Ourique e Valada, mas também para a mobilidade na região. Na sua perspectiva, o relatório do LNEC reforça a necessidade de construção de uma nova travessia rodoviária em Santana, sobre a Vala da Azambuja, considerando-a a única solução para garantir segurança, para além dos enormes ganhos económicos para a região. Salienta ainda o facto de o relatório do LNEC afirmar “das soluções possíveis para restaurar a circulação do tráfego, no local da ponte, com as necessárias condições de segurança, a única que é adequada consiste em fazer o cruzamento desnivelado da Linha do Norte e o atravessamento do vale da Vala da Azambuja”.
Nesse contexto, o autarca sublinhou os esforços que tem desenvolvido junto da Infraestruturas de Portugal e do Ministério das Infraestruturas para que seja construído o novo viaduto de Santana com a consequente supressão da passagem de nível ali existente. E lamenta o tempo perdido no lançamento do concurso para a construção do viaduto sobre a Linha do Norte.