Cuidadores de gatos de rua vão receber ração da Câmara de Vila Franca de Xira
Em causa está a crescente dificuldade dos 80 cuidadores das 370 colónias existentes no concelho de Vila Franca de Xira em conseguirem ter capacidade financeira para suportar os custos com a compra de comida para alimentar os animais errantes.
Quem toma conta de colónias de gatos de rua no concelho de Vila Franca de Xira vai passar a poder levantar gratuitamente a alimentação para os animais. O executivo municipal deliberou, por unanimidade, atribuir um apoio financeiro de cinco mil euros à associação Animalife, instituição sem fins lucrativos que tem como missão combater o abandono de animais de estimação em Portugal e que irá ficar responsável por fazer a gestão da alimentação.
Segundo a proposta votada em reunião de câmara, os serviços do Centro de Recolha Oficial de Animais do município têm vindo a verificar “um aumento substancial” de pedidos de ajuda por parte dos cuidadores destas colónias de gatos, que têm também confessado dificuldade em conseguir pagar todos os meses as largas dezenas de euros necessárias para manter os animais correctamente alimentados. Os recursos disponíveis são por vezes escassos, reconhece o município, já que dependem da boa vontade e generosidade de todos os que contribuem com bens para o Banco Solidário Animal. Actualmente, recorde-se, existem 80 cuidadores em 370 colónias sinalizadas em todo o concelho de Vila Franca de Xira.
Em Abril de 2022, recorde-se, depois de uma parceria de seis anos, Vila Franca de Xira acabou com a parceria que mantinha com a associação Animais de Rua que permitiu capturar, esterilizar e devolver às ruas milhares de animais abandonados, através do programa CED.
O programa permitiu, além da esterilização dos animais, sinalizar muitas das colónias de gatos existentes no concelho, identificar animais a intervencionar e colocar abrigos e pontos de alimentação geridos por cuidadores autorizados. A denúncia do protocolo com a Animais de Rua foi justificada com a evolução natural do processo. Na altura, como O MIRANTE noticiou, o executivo defendeu que o projecto sofreu alterações e que a Divisão de Alimentação e Veterinária passou a ter necessidade de manter maior controlo sobre os trabalhos a desenvolver através dos seus próprios meios e veículos, permitindo uma melhor gestão e maior celeridade dos processos.