Novo skate parque continua a animar as reuniões de Câmara de Tomar
Autarcas de Tomar voltaram a entrar em confronto por causa da obra do novo skate parque. Oposição diz que maioria violou código da contratação pública. Presidente refere que PSD está contra a empreitada.
O futuro skate parque em Tomar continua a dar que falar e em sessão camarária no mês passado os ânimos voltaram a exaltar-se entre os autarcas do PSD e da maioria socialista. Em causa esteve a aprovação do contrato de subconcessão e uso privativo do terreno onde está a decorrer a obra.
Lurdes Fernandes, vereadora do PSD, acusou Hugo Cristóvão, presidente da câmara, de nunca ter assumido o atraso de quatro meses face à assinatura do contrato e consignação da obra. A autarca disse que a maioria nunca esclareceu a questão, acrescentando que a câmara não estava na posse do terreno e que mesmo assim decidiram avançar com as obras. “Como é que a obra foi consignada a 12 de Fevereiro e estão a decorrer sem o terreno estar na posse da câmara municipal? É uma situação que viola a legislação do código da contratação pública”, sublinhou Lurdes Fernandes.
Hugo Cristóvão defendeu-se dizendo que “uma coisa não tem nada a ver com a outra” e que nunca foi dito que o contrato estava feito. O presidente da Câmara de Tomar respondeu que o contrato só foi enviado recentemente pela Infraestruturas de Portugal, mas que a mesma entidade autorizou a obra sem a consignação. “As entidades quando estão de boa-fé, quando confiam, tal como os cidadãos também devem fazer, trabalham, é assim que nós temos trabalhado e felizmente temos o crédito e a confiança das entidades que trabalham connosco, portanto isto sempre foi assumido, não há erro nenhum”, disse.
A bancada do PSD votou contra e Hugo Cristóvão acusou os vereadores de estarem “contra” a obra. Lurdes Fernandes respondeu: “a questão é os seus procedimentos que nunca cumprem a legislação e a falta de transparência para com o órgão e é isso que nós estamos contra”, disse.