Orçamento do Festival de Gastronomia não chegou para as despesas
Associação Comercial, Empresarial e de Serviços de Santarém foi parceira do Festival Nacional de Gastronomia mas a verba que lhe foi atribuída pelo município não chegou, tendo agora pedido um reforço de 36 mil euros.
A Câmara de Santarém vai atribuir um apoio financeiro de 36.742 euros à Associação Comercial, Empresarial e de Serviços (ACES) do concelho para cobrir o “desfasamento orçamental” verificado no âmbito da participação da associação no Festival Nacional de Gastronomia de 2023. Recorde-se que, na última edição do certame, o município decidiu estabelecer uma parceria com quatro entidades para terem participação activa na dinâmica do evento, nomeadamente a Associação Comercial, Empresarial e Serviços, Círculo Cultural Scalabitano, Associação dos Municípios Portugueses do Vinho e a Confraria da Gastronomia do Ribatejo.
A ACES alega no seu pedido de apoio que aquando do apuramento dos saldos finais dos custos do Festival Nacional de Gastronomia de 2023 “verificou-se um desfasamento face ao orçamento provisional que serviu de base ao pedido de apoio efectuado à autarquia”. Segundo a associação, “tendo a dinâmica do evento superado todas as expectativas”, é necessário um reforço de apoio para suportar parte das despesas efectuadas e que estão devidamente comprovadas.
A atribuição do apoio foi aprovada pela bancada do PSD, tendo os vereadores do PS optado pela abstenção. Aliás, a bancada socialista na Câmara de Santarém já tinha manifestado reservas quanto ao acordo de cooperação que o município estabeleceu com essas quatro entidades no âmbito do Festival Nacional de Gastronomia em 2023, tendo-se abstido na altura da votação do protocolo.
Foi uma posição estranha dado que os socialistas têm um acordo de governação com o PSD na autarquia que os tem levado a votar favoravelmente a esmagadora maioria das propostas. A proposta de parceria até parecia pacífica tendo em conta o propósito do município de envolver entidades da sociedade civil na dinâmica do festival, que pressupõe a criação de um Conselho de Parceiros. Só que os socialistas queixaram-se de “falta de informação” e queriam uma discussão mais aprofundada apesar das reuniões havidas com os autarcas do PSD.
Refira-se que os termos do acordo contemplam 19 cláusulas que se estendem por 8 folhas e definem as obrigações de cada entidade, bem como a possibilidade de o município conceder apoios financeiros para actividades que dinamizem no Festival de Gastronomia.