ProTejo exige acesso livre à nascente do rio Almonda
Jornada “Por um Almonda Livre” começou com uma descida de canoa e defendeu o usufruto do Almonda pela população da nascente à foz, alertando para a necessidade de adequar o uso da água do rio às disponibilidades hídricas actuais e futuras.
O movimento ProTejo realizou a jornada “Por um Almonda Livre” na manhã de 29 de Junho, com o objectivo de exigir o acesso à nascente do rio Almonda, vedado pela empresa Renova. A iniciativa começou com uma descida de canoa pelo rio designada “11º Vogar contra a indiferença”, com 30 participantes. A organização reivindica o usufruto da água do rio pela população ribeirinha e a necessidade de adequação do uso da água do rio Almonda às disponibilidades hídricas actuais e futuras. Defende ainda o acompanhamento, monitorização e verificação do cumprimento das licenças de descargas de efluentes das ETAR urbanas e industriais, exigindo a tomada de medidas de protecção ambiental com base no princípio da precaução.
Foi também reclamado um regime de caudais ecológicos no seu curso e na chegada ao rio Tejo como garantia de conservação dos ecossistemas aquáticos, em especial da Reserva Natural do Paul do Boquilobo, classificada como Reserva da Biosfera pela UNESCO. A iniciativa contou com a participação de amigos do Tejo de Espanha pertencentes à Rede de Cidadania por uma Nova Cultura da Água do Tejo/Tajo e seus afluentes, alertando para a consciencialização das populações ribeirinhas sobre o aumento das pressões negativas que resultam da sobre exploração da água do Tejo.
A actividade foi organizada pelo proTejo – Movimento Pelo Tejo e pela EcoCartaxo – Movimento Alternativo e Ecologista, contando com o apoio do Município de Torres Novas, da Viver Almonda, do UmColetivo e da Rede de Cidadania por Uma Nova Cultura da Água do Tejo/Tajo e seus afluentes, sendo responsável pela descida a Viver Almonda.