
Mordomo da Festa dos Tabuleiros obrigado a cancelar Saída de Coroas devido a polémicas
Saída de Coroas estava marcada para 7 de Julho mas foi cancelada devido a várias polémicas. Parte da população de Tomar e ex-mordomos mostraram-se contra a iniciativa. Mário Formiga, mordomo da última edição da Festa dos Tabuleiros, explica a O MIRANTE os contornos da decisão.
A Comissão Central da Festa dos Tabuleiros decidiu organizar, pela primeira vez, uma Saída de Coroas num ano em que não há festa. Parte da população, assim como alguns ex-mordomos, entidades e deputados municipais, recusaram-se a participar na iniciativa que estava marcada para o dia 7 de Julho. A Saída de Coroas acabou por ser cancelada.
Em conversa com O MIRANTE, Mário Formiga, mordomo da última edição da festa, explica que a ideia de realizar uma Saída de Coroas fora do ano da iniciativa é uma ideia antiga. Segundo o mordomo, os elementos da Comissão e os tomarenses sempre mostraram interesse em que existisse alguma iniciativa, todos os anos, que relembrasse a festa. “Fazia-me confusão no final de cada festa as pessoas dizerem até daqui a quatro anos, não tinha muita lógica”, afirma. Mário Formiga explica que a ideia foi apresentada e aprovada por todos em Abril deste ano, numa reunião que contou com a presença de presidentes de junta, entre outros responsáveis de entidades. Após o anúncio oficial começaram a surgir críticas. “Dizem que estamos a mexer com a tradição, nunca foi essa a nossa intenção. A nossa única ideia era juntar os tomarenses em volta da sua festa e unir as pessoas”, vinca Mário Formiga.
A poucos dias da data prevista para a realização da Saída de Coroas foi decidido, em reunião, que o melhor seria cancelar a iniciativa. “Imperou o bom senso, achámos que não tinha sentido nenhum se não participassem todos, porque esta é uma festa de união e de partilha”, acrescenta o mordomo, acrescentando: “a resistência à mudança sempre foi um problema que nós tivemos aqui em Tomar”.
