Habitação é prioridade no Orçamento do Sardoal para 2025
Orçamento da Câmara de Sardoal foi aprovado com os votos contra dos vereadores da oposição socialista. Quase cinco milhões de euros serão destinados a habitação.
O executivo da Câmara de Sardoal aprovou, para 2025, um orçamento de 18.167.129 euros, com os votos contra dos vereadores da oposição, Pedro Duque e Patrícia Silva (PS). O presidente Miguel Borges (PSD) realçou o aumento do orçamento, face aos anos anteriores, destacando os 4,7 milhões de euros destinados à habitação e projectos como a creche municipal com um orçamento de 1,4 milhões, o Jardim de Infância da Presa com um valor de 400 mil euros, os edifícios da Tapada da Torre com investimento de 1,2 milhões de euros e as habitações a custos acessíveis da Fonte da Estrada, com 2,9 milhões de euros de orçamento.
Para Miguel Borges, a capacidade de endividamento do município foi fundamental, uma vez que permite a realização de vários projectos com financiamento comunitário que, segundo acredita, se não forem feitos agora, poderão não ter oportunidade no futuro. O presidente relembra ainda o projecto da Casa Grande, que desejaria que estivesse noutra fase, mas tem esperança de ver a obra encaminhada no futuro, assim como a da Igreja Matriz, que está com o projecto de execução adjudicado e com candidatura para ser feita ainda em 2024.
“É um plano que nos deixa com um sentimento de orgulho porque, quando assumimos os destinos do concelho, tínhamos objectivos para 12 anos e verificamos que, tirando uma ou duas situações que não dependem totalmente de nós, conseguimos encaminhar tudo a que nos propusemos”, afirma Miguel Borges.
As críticas da oposição e a resposta do presidente
Em declaração de voto, o vereador Pedro Duque (PS) afirmou que o orçamento apresenta uma visão pouco ambiciosa e inexistente em termos estratégicos quanto ao futuro do concelho, não apresentando propostas novas, numa atitude típica de fim de ciclo. “Passados, praticamente, quatro anos e 70 milhões de euros depois, o concelho não está melhor. Está mais pobre, envelhecido e a definhar a cada ano que passa. Somos dos municípios do país com menor índice de rendimento per capita, com menor índice de receita fiscal, menor taxa de natalidade e perdemos dinâmica empresarial”, afirmou Pedro Duque. Além disso, o vereador lembrou que questões estruturantes como a Barragem da Lapa e a Casa Grande ainda se encontram por resolver.
“Ainda bem que não posso comentar uma declaração de voto, porque apesar de não estar no plano de actividades e orçamento, estamos sempre receptivos às propostas que os senhores não fizeram até ao momento. Não apresentaram nenhuma proposta concreta para concluir nenhum projecto. Quer que traga as do ano passado? Tenho todas guardadas e vamos ver onde está o desenvolvimento económico lá. Eram tão pobres…”, rematou Miguel Borges.