PSD exige demissão do presidente da Junta do Sardoal
A concelhia do PSD de Sardoal exige a demissão imediata do presidente da Junta de Freguesia de Sardoal, o socialista Miguel Alves, imputando-lhe “incidentes sucessivos” e “falsificação” de documentos, acusações que o autarca rejeitou e afirmou serem “caluniosas”. Os social-democratas criticaram as “ausências constantes” do autarca do PS, o “aproveitamento político” do cargo e a “falsificação/manipulação de um documento oficial”.
O vice-presidente da Comissão Política do PSD de Sardoal, Pedro Rosa, afirmou existir um “conjunto de ilegalidades e de procedimentos que não são correctos”, salientando a falsificação de alguns documentos que foram presentes à assembleia de freguesia. Segundo o PSD, o presidente da junta colocou um documento à votação que está ferido de ilegalidade, porque é autenticado por elementos que não faziam parte da junta de freguesia àquela dada”, afirmou Pedro Rosa. O caso foi remetido para a Direção Geral das Autarquias Locais (DGAL).
O presidente da Junta de Freguesia de Sardoal rejeitou as acusações de falsificação de documentos, nomeadamente do regulamento de apoio a reformados, que considerou caluniosas. “Nós não falsificámos rigorosamente nada. Aquilo trata-se de um programa, a Oficina do Reformado, que apoia idosos ao nível só de mão-de-obra. Os funcionários da junta deslocam-se à casa das pessoas para mudar um móvel, para a colocação de alguns suportes, a mudar alguma lâmpada, um tubo de gás que esteja para substituir”, disse o socialista Miguel Alves. Contudo, o autarca admitiu uma “gaffe” numa assinatura.
Segundo o presidente da junta, em 27 de Agosto de 2018, os deputados do PSD insistiram em levar o regulamento à assembleia de freguesia, o que só aconteceu recentemente. “Mas, mantivemos a mesma data e, ao mantermos a mesma data, colocámos as assinaturas de quem está hoje, no momento, no executivo. Há uma ‘gaffe’ que toda a gente comete, mas se isso aí é falsificação de documentos, vou ali e já venho”, afirmou.
Tendo declarado que “os elementos do PSD do Sardoal estão muito inertes” e que “há mais de dois anos que não comunicam com quem votou neles”, Miguel Alves apontou à proximidade das eleições autárquicas e assegurou apresentar queixa por difamação. “Falsificação das assinaturas é uma acusação muito grave, estão a pôr em causa todo o nosso trabalho e todo o nosso bom nome. Isso é muito grave e vamos colocar uma acção contra eles”, concluiu.