Passageiros deixados à sua sorte nos comboios nocturnos da CP
Viajei de Lisboa para o Entroncamento no Intercidades 723, no dia 27 de Março, com hora de saída de Santa Apolónia às 19h30.
Viajei de Lisboa para o Entroncamento no Intercidades 723, no dia 27 de Março, com hora de saída de Santa Apolónia às 19h30. Mais uma vez verifiquei que, durante a viagem, não houve qualquer aviso sonoro, nem indicação nos ecrãs por cima das portas das carruagens, sobre as paragens que o mesmo fez, nomeadamente Vila Franca de Xira, Santarém e Entroncamento. E deve ter sido assim, até Braga, que era o destino final.
Geralmente durante as viagens, é dada, com alguma antecedência, indicação sobre a aproximação às paragens e sobre a próxima paragem, tanto a nível visual como sonoro, mas de cada vez que viajo de noite, tenho verificado que isso não acontece, levando os passageiros a terem que ir adivinhando onde estão, numa altura em que está escuro e nada se vê no exterior.
Diga-se que o revisor não apareceu até ao Entroncamento. E não valia a pena os passageiros guiarem-se pelas horas de chegada a cada uma das estações, porque o comboio foi sempre atrasado.
Há uns meses, por causa de uma situação idêntica, levei uma pessoa de carro, do Entroncamento a Santarém. Sem aviso, sem revisor, e sem conseguir ver as estações porque estava escuro, a senhora, que estava a viajar de Lisboa para Santarém pela primeira vez, acabou por não sair onde devia. Já perto do Entroncamento, é que o revisor apareceu e a alertou, mas ela só teria comboio para Santarém a partir das 6 da manhã.
Sou cliente da CP, com mais ou menos regularidade, há mais de cinquenta anos e posso dizer que, a maioria das vezes, fui tratado como lixo. Eu e os restantes passageiros.
Fernando de Carvalho