Sociedade | 02-02-2006 10:33
Portageiro mete dinheiro ao bolso
Um funcionário das portagens de Alverca foi apanhado em flagrante a apropriar-se de dinheiro da Brisa e acabou detido pelo NIC da BT da GNR. O portageiro teve a mesma tentação de 33 colegas condenados em Abril de 2004 e vai responder pelo crime de peculato.Um portageiro foi detido no sábado nas portagens de Alverca depois de ter sido apanhado em flagrante delito a apropriar-se de dinheiro da Brisa. O homem de 38 anos, residente no Carregado, confessou o crime. Depois de presente ao Tribunal ficou a aguardar o inquérito judicial em liberdade. O portageiro está suspenso da sua actividade e vai ter de se apresentar semanalmente no posto da GNR de Alenquer.Após várias horas de vigilância, os inspectores do Núcleo de Investigação Criminal da BT da GNR do Carregado apanharam o portageiro com “a mão na massa”. O homem seguiu o método, alegadamente, utilizado por 33 colegas, detidos há três anos e condenados com pena suspensa em Abril de 2004.O portageiro tinha na sua posse vários talões retirados em Vila Franca de Xira e que adquiriam o valor de 55 cêntimos nas portagens de Alverca. Ao passar uma viatura vinda do Norte do país com um valor elevado, utilizou o talão mais barato e apropriou-se da diferença. As autoridades apuraram um único caso, mas a Brisa tem suspeitas de que a prática já era habitual.No sábado, antes de iniciar o seu turno, o homem deslocou-se a Vila Franca no seu carro e extraiu vários títulos, perante o olhar atento dos elementos do NIC da BT. Depois utilizou, pelo menos, um dos títulos. As autoridades admitem que se trate de um caso isolado. Mas, fonte da empresa não exclui a hipótese de haver outras situações semelhantes.O MIRANTE tentou obter um comentário oficial da Brisa, mas o porta-voz da empresa não presta declarações sobre o assunto. Fonte da concessionária da Auto- Estrada do Norte (A1) disse ao nosso jornal que o objectivo da empresa é que a situação sirva de exemplo para outros funcionários que tenham a mesma tentação.O homem agora detido é divorciado e tem duas filhas. O portageiro estava colocado por uma empresa de trabalho temporário e só fazia turnos ao fim de semana. Durante a semana tinha outra ocupação. O contrato do trabalhador não deve chegar ao fim porque a empresa vai afastá-lo. Alguns colegas admitiram que “foi a necessidade que aguçou o engenho” e afirmaram desconhecer sinais de riqueza do portageiro. O crime de peculato é punido com pena de prisão de um a oito anos.
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