Sociedade | 04-08-2006 08:07
Processos anulados no Destacamento da BT da GNR no Carregado
Os militares do Destacamento da BT da GNR do Carregado acusados de injúrias e ofensas ao comandante conseguiram a nulidade dos processos de que eram alvo desde Dezembro. O pedido de incidente de escusa feito pelo advogado da associação junto do Comando da GNR foi aceite e agora terá de ser nomeado um novo instrutor do processo.Em causa está o facto do oficial instrutor nomeado pelo comando-geral, major Pelicano, ter estado na unidade no dia dos incidentes.O gabinete jurídico da Associação Sócio-Profissional Independente da GNR, que defende os 19 agentes alvo do inquérito, considera que este facto “lhe retira isenção” e pediu a sua substituição.Com a nomeação de um novo instrutor, o processo volta ao ponto de partida e toda a matéria apurada será arquivada.Recorde-se que 19 militares da Brigada de Trânsito (BT) da GNR do Carregado foram acusados de rebelião contra o comandante daquele Destacamento, em Novembro de 2005 e foram suspensos por 90 dias em Dezembro.No dia 23 de Novembro, o tenente João Madaleno, na altura comandante da BT do Carregado, convocou uma reunião de trabalho com 21 militares do Destacamento para tratar assuntos de funcionamento interno da unidade. A reunião aconteceu fora do horário de serviço.O comandante decidiu ouvir os militares um a um e ao fim de 40 minutos, não tinha ainda terminado a primeira reunião. Os agentes convocados revoltaram-se e, segundo apurámos, alguns dirigiram injúrias ao comandante.Para além deste episódio, e tal como O MIRANTE noticiou na altura, o mal-estar no Destacamento do Carregado aumentou com a presença de inspectores da Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI) e da Policia Judiciária Militar que investigou um incêndio. A secção atingida guardava autos de transgressão, relatórios de acidentes e outros documentos e a origem do fogo levantou dúvidasOs 21 militares foram suspensos em Dezembro e em Fevereiro dois deles viram os seus processos arquivados. Os restantes aguardam agora a nomeação do novo instrutor de processo. Por outro lado, foram constituídos arguidos pela PJ Militar e respondem pela prática de vários crimes.Entretanto o comandante da BT do Carregado, foi colocado em Lisboa e foi o Tenente Ares que assumiu o comando a 8 de Abril.
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