O Tribunal da Relação de Coimbra (TRC) indicou novos juízes para julgar Adelina Lagarto por sequestro da menor Esmeralda Porto, pelo que deverá ser adiada a primeira sessão de julgamento, agendada para 25 de Março.Este despacho do TRC ocorre depois do colectivo inicialmente indicado para julgar o caso ter-se declarado impedido no final do mês de Fevereiro, recordando que já haviam julgado o marido da arguida pelos mesmos crimes, tendo-o condenado a seis anos de prisão. Nesse pedido, o colectivo citou a lei que pretende “evitar que o mesmo juiz reaprecie factos por si já julgados”, o que, neste caso, iria suceder, já que a acusação de Adelina Lagarto é igual à do seu marido.Considerando que a “indicação de impedimento (dos juízes) é irrecorrível”, o TRC indicou assim três novos magistrados, dando a presidência a Cristina Almeida e Sousa (do Círculo de Tomar) e os lugares de vogais a Judite Pires (do Círculo de Alcobaça) e a Nuno Cunha (juiz-auxiliar de Torres Novas).O julgamento deverá manter-se em Torres Novas, mas a marcação da data caberá à juiz-presidente, que poderá escolher o dia já agendado (25 de Março) ou outro. Este julgamento é mais uma etapa da batalha judicial que tem oposto o casal Luís Gomes e Adelina Lagarto a Baltazar Nunes pela guarda da menor Esmeralda Porto, agora com seis anos de idade.A menor foi entregue pela mãe ao casal Luís Gomes e Adelina Lagarto com três meses de idade. Após um processo oficial de averiguação de paternidade, o pai, Baltazar Nunes, perfilhou a filha quando ela tinha um ano e desde então tem disputado esta batalha legal para ter a sua guarda.