Sociedade | 12-09-2008 13:39
Cliente reclama 250 mil euros da Caixa Agrícola
O julgamento do processo em que um cliente da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo reclama perto de 250.000 euros, cujo início estava marcado para hoje no Tribunal de Santarém, foi adiado sine die por indisponibilidade da juíza.Marco Cardoso reclama a devolução de 221,4 mil euros, mais juros, dinheiro que alega ter aplicado a prazo em Março de 2001, mas que a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Alcobaça assegura não ter sido depositado naquela instituição bancária.De acordo com a acusação, o então gerente daquela agência bancária, José Silva Soares, convenceu o cliente a liquidar a conta a prazo que possuía, no valor de 221,4 mil euros, para colocar essa verba numa aplicação, também a prazo, renovável anualmente, que lhe rendia um juro anual de 6,4 por cento a depositar mensalmente na sua conta à ordem.Para concretizar a aplicação, o cliente passou um cheque sem indicação de beneficiário, tendo recebido um título de depósito a prazo assinado por José Soares e outro gerente, e começou a receber mensalmente o juro correspondente, até Março de 2004, altura em que surgiram “rumores” da demissão da direcção da CCAM de Alcobaça.O cheque passado por Marco Cardoso foi afinal emitido a favor do BPI e o queixoso ficou a saber, no âmbito do processo, que os depósitos mensais na sua conta eram feitos por uma terceira pessoa.A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo alega no processo que tudo não passou de um “negócio simulado” celebrado entre o autor da queixa e o seu ex-gerente, uma vez que o cheque emitido “jamais entrou na contabilidade da ré”, tendo sido depositado numa conta de terceiros no BPI.José Soares, que nesta acção, cível, surge como interveniente acessório, tem a correr dois outros processos no primeiro juízo criminal do Tribunal de Rio Maior, instaurados pela CCAM de Alcobaça, em que surge como arguido.
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