Sociedade | 04-02-2010 08:44
GNR aprendem inglês em Fátima para facilitar contacto com peregrinos
Militares da GNR estão a aprender inglês para facilitar o trabalho com os peregrinos durante a visita do Papa ao Santuário de Fátima, disse o comandante do Destacamento Territorial de Tomar da GNR. "Esta acção de formação vai permitir fazer um melhor serviço. Vamos estar melhor preparados aquando da visita do Papa, em Maio, para receber os peregrinos, já que se prevê a presença de muitos estrangeiros", afirmou Duarte da Graça, considerando que esta será uma "mais-valia que a GNR vai ter na recepção" a Bento XVI.A acção de formação em língua inglesa começou em Fevereiro do ano passado no Colégio de São Miguel, em Fátima, no âmbito de uma parceria com as duas entidades, e já envolveu cerca de 70 militares, entre os 23 e 45 anos, do Destacamento, sobretudo os que estão a trabalhar na freguesia de Fátima."Esta iniciativa permite incrementar a formação dos militares da Guarda e também criar condições para melhorar o serviço da GNR juntos dos peregrinos, neste caso os peregrinos estrangeiros", explicou o responsável, que faz um balanço positivo da acção. "Melhora não apenas o relacionamento da Guarda com as pessoas estrangeiras que dela necessitam, por motivos de trânsito ou outros, como também a própria imagem da instituição", continuou.O comandante do Destacamento Territorial de Tomar adiantou que a aprendizagem do inglês integra a componente formativa da GNR, que inclui, por exemplo, Direito ou táctica das forças de segurança, assegurando que "foi bem aceite pelos militares e vai ter continuidade".Duarte da Graça esclareceu que esta acção de formação, que decorre todas as quartas feiras, num período de 90 minutos, "foi pensada não apenas para responder às solicitações dos peregrinos no âmbito do patrulhamento diário na via pública, como no atendimento no próprio posto territorial, com a necessidade de elaboração de documentos contra-ordenacionais, criminais ou outros".Lúcia Ferreira, uma das docentes do colégio envolvida neste projecto, declarou que numa primeira fase os militares tiveram um módulo de iniciação à língua, orientada para "a identificação das pessoas e direcções no âmbito de trânsito". Já na segunda fase, que decorre agora, os militares são confrontados com "vocabulário mais técnico, de criminologia, da Lei e das infracções".A professora esclareceu que os alunos estão também a aprender a descrição física das pessoas, "para facilitar a identificação de eventuais vítimas ou agressores". Lúcia Ferreira acrescentou que a grande diferença que encontra entre os militares e os seus alunos é que "os militares da GNR sabem que aprender inglês é necessário", enquanto "alguns dos alunos não conseguem perspectivar a importância da língua inglesa na realidade do seu dia a dia".Um dos militares da GNR que está a reaprender inglês, Fernando Trindade, admitiu que, embora a língua estivesse incluída no currículo do ensino obrigatório, "não achava as aulas úteis". "Agora tem-me ajudado quando sou abordado por peregrinos estrangeiros, mesmo que não sejam ingleses", declarou, considerando que "facilita muito o trabalho" e que vai ser "muito útil".
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