Sociedade | 06-10-2010 14:09

Insegurança em Abrantes denunciada na assembleia municipal

A denúncia da insegurança que se tem sentido em Abrantes ganhou novo rosto na última sessão da assembleia municipal quando um habitante da cidade reforçou as queixas que alguns políticos e residentes já vinham fazendo há algum tempo. Fernando Correia entregou ao presidente da assembleia municipal, o também ministro Jorge Lacão, um texto onde conta na primeira pessoa uma situação exemplificativa da violência a que foi sujeito um familiar.Segundo escreve o cidadão abrantino, o seu filho foi “vítima de espancamento, ameaças de morte, extorsão, destruições nos seus bares e perseguição constante para entregar uma mala com dinheiro e um carro”. As agressões e ameaças, refere, dizem ter partido de indivíduos de etnia cigana que habitam numa comunidade em Vale de Rãs. Fernando Correia, que é praticante de judo, soube que quando o seu filho foi agredido recebeu o aviso de nada contar ao pai, caso contrário “lhe cortavam as orelhas e o matavam”. O que o levou a dirigir-se ao bairro onde vive a comunidade e a pedir que não se metessem mais com o filho. “Se querem problemas, não se metam com ele, metam-se comigo. Pois se se meterem com ele estão a meter-se comigo e é comigo que qualquer assunto desta natureza tem de ser tratado”, escreve no texto que já foi amplamente difundido via Internet.O munícipe garante que não toma a parte pelo todo e assegura nada ter contra os ciganos, dando conta que a violência por parte desse grupo restrito já atingiu polícias, bombeiros, pessoal do INEM, empresários da cidade, seguranças e vários cidadãos, “alguns praticamente até ao estado de coma”. Na mesma sessão da assembleia municipal, a bancada do PSD disse que “é uma vergonha que os poderes públicos consintam que os abrantinos continuem a ser vítimas, anos a fio e cada vez com maior gravidade, de esquemas de extorsão, através de coação e intimidação física”.“De facto, ninguém consegue compreender a passividade com que a câmara assiste ao lavrar do incêndio pela cidade, sem um gesto público de indignação e sem ser capaz de liderar a comunidade abrantina que clama pelo direito de viver em paz e em segurança. Para mais, quando o presidente da assembleia municipal é um dos ministros com mais peso político no actual Governo”, realça o PSD.A eleita do CDS Matilde Lino Netto também tomou posição. “Segurança não é ter de a pagar a estes indivíduos que nos vêm extorquir dinheiro e vender a sua própria segurança para não partir tudo. Segurança é esperar que as autoridades que são pagas com o dinheiro dos nossos impostos nos protejam e que possam efectivamente fazê-lo”, afirmou a deputada municipal acrescentando que “a venda de todos os tipos de droga é feita livremente e à descarada” e que os traficantes “se exibem em carros de alta cilindrada.Notícia mais desenvolvida na edição semanal de O MIRANTE.

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