Sociedade | 07-11-2010 00:05

Ir à internet ver quem faleceu e a que horas é o funeral ou a missa do sétimo dia

Ainda há muitos papéis de agências funerárias colados nas esquinas da cidade do Entroncamento, avisando a comunidade do falecimento de alguém e da data e hora do funeral mas a tendência é para o desaparecimento de tais avisos. Nesta altura já há agências que estão a usar os seus sites para dar essa informação. A Funerária Pacheco, www.funerariapacheco.com, abriu a sua secção de necrologia em Junho. A Funerária Rainho, cujo site pode ser encontrado no endereço www.afrainho.com, tem aquela zona do site em construção. A inevitável morte que é destino de todos já chegou ao ciberespaço. A pouco e pouco passamos a ter uma eternidade virtual.A necrologia online pode parecer algo bizarro mas há muita gente que lamenta não ter sabido atempadamente do falecimento de alguém por quem tinha estima e a cujo funeral gostaria de assistir. Nem sempre os familiares de quem morre têm o contacto de todos os amigos do falecido. E mesmo quando o têm, muitas vezes não conseguem avisar toda a gente. Ou não têm cabeça para isso num momento tão doloroso como aquele. Através dos jornais e dos avisos em papel colados em locais públicos consegue-se, pelo menos, fazer chegar a notícia. Através da internet começa a ser possível avisar atempadamente quem quer estar no velório ou acompanhar o defunto à sua última morada. É bem provável que à medida que os serviços online das funerárias se vão desenvolvendo, passe a haver um sistema de alertas para quem se inscreva, por exemplo.Por enquanto reina um certo conservadorismo. E nem sempre é possível ultrapassar o direito à privacidade. Há famílias que não permitem a divulgação das fotos, nomes, idades e datas de falecimento dos seus mortos. Ainda são raras as agências funerárias com informação online. Na área de abrangência de O MIRANTE, para além das já mencionadas só encontrámos o site da “Lopes&Benavente Ldª” que, por enquanto, apenas disponibiliza as fotografias dos proprietários e os seus contactos. A um outro nível está a Servilusa, do grupo ibérico Mémora, que é considerada a maior e mais moderna empresa funerária do país - inaugurou o mês passado um forno crematório na Póvoa de Santa Iria. Os sites da Funerária Pacheco e da Funerária Rainho têm um desenho e uma concepção similares, embora o da primeira esteja, neste momento, mais desenvolvido e contenha mais informação. Depois há pequenas variantes. A Funerária Rainho, por exemplo, tem um sector onde informa qual a documentação que os familiares do falecido devem disponibilizar para o funeral. E tem um outro onde pode ser obtida informação sobre a forma como é vista a morte pelas diversas religiões e como se processam as cerimónias fúnebres. A Funerária Pacheco abre com um gráfico relativo à idade e sexo das pessoas de cujos funerais tratou e disponibiliza informações detalhadas sobre o chamado “contrato em vida” e os clientes podem acompanhar o andamento dos processos também online, através de um nome de cliente e de uma palavra passe que lhes permite entrar a qualquer momento nessa área reservada dos sites. Como a morte surge em qualquer altura, os serviços das duas estão disponíveis permanentemente. E apesar dos sites disponibilizarem a localização através do google, ambos têm atendimento ao domicílio.

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