Sociedade | 05-10-2011 00:25

Regulamento da zona industrial de Rio Maior permite "altos negócios"

A empresa Panpor - produtos alimentares, sediada em Rio Maior, pretende comprar a outra empresa dois lotes de terreno na zona industrial da cidade para expansão do negócio e vai dar pelo espaço três vezes mais do que o actual proprietário pagou à câmara por ele. A denúncia foi feita na última reunião do executivo da Câmara de Rio Maior pelos vereadores do PS, que votaram contra o negócio, explicando que moralmente a venda não se deveria realizar. "É chocante que o terreno seja vendido por três vezes mais do que foi comprado da primeira vez", argumenta Carlos Nazaré.Já em 2008 a câmara municipal havia deliberado, por unanimidade, não exercer o direito de preferência sobre a venda desses mesmos lotes, na época à empresa Jorge Ferreira Vargas Soveral, interessada na aquisição. A venda, que não se chegou a consumar, poderá ter lugar agora. A venda dos terrenos, por parte da empresa Cartibérica Invest Lda, terá o valor de 300 mil euros, custo muito diferente daquele pelo qual adquiriu os terrenos camarários. Para Carlos Nazaré, e restantes vereadores do PS, é inadmissível que o regulamento industrial continue a permitir "altos negócios" deste tipo. Carlos Frazão, vice-presidente da Câmara de Rio Maior, justifica a posição da autarquia dizendo que a Panpor é "uma empresa que dignifica o concelho", acrescentando que esta "não terá a mesma atitude que outras empresas tiveram no passado". Para além disso, o negócio trará "bom investimento para o município", com cerca de 100 novos postos de trabalho garantidos, sublinha o autarca, referindo que "independentemente das cores partidárias, o interesse no negócio é de Rio Maior."

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