Sociedade | 18-10-2014 00:10

Proprietário de empresa de paletes de Marinhais notificado para remover lixeira a céu aberto

A existência de uma lixeira a céu aberto, de grandes dimensões, junto a uma empresa de comercialização e reparação de paletes, em Marinhais, foi denunciada à câmara municipal de Salvaterra de Magos por um munícipe que tem terrenos na zona. O MIRANTE visitou o local e encontrou toneladas de entulho que não são facilmente detectadas por estarem no meio de uma zona de eucaliptos. Plásticos, entulho de construção civil, restos de paletes, frigoríficos velhos e outros monos têm vindo a ser depositados no local, perto da Travessa dos Berardos e Rua da Serra, perto da Barragem de Magos.O cidadão que levou o caso a uma reunião pública do executivo municipal, Hugo Rosário, considera que se está perante um atentado ambiental. Para além da câmara municipal, alertou também o Ministério do Ambiente e o Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR, não tendo até agora recebido qualquer resposta. Contactado por O MIRANTE o presidente da câmara municipal, Hélder Esménio (PS), diz que, após a denúncia, os serviços de fiscalização do município foram ao local, tendo identificado o proprietário do terreno e da empresa de paletes A Procuradora. Posteriormente o mesmo foi notificado para proceder à limpeza do terreno. O autarca recusa-se a responsabilizar o dono da empresa pela deposição de todo o entulho, embora seja ele o responsável, nos termos da lei, pela manutenção do terreno limpo. O presidente da câmara diz ainda que a autarquia tem procedido a várias acções de remoção de entulhos em terrenos públicos e lamenta que haja pessoas a depositar lixos a céu aberto sem se preocuparem com questões ambientais, nomeadamente com a possibilidade da contaminação de linhas de água. A maioria dos moradores de Marinhais tem conhecimento do que se passa.O munícipe que denunciou a existência da lixeira, refere outros perigos. "Se acontece aqui um incêndio, o que é possível devido ao elevado entulho que aqui está, como é que os bombeiros vão conseguir circular nesta estrada de terra de batida estreita e toda esburacada? Com tantos plásticos e madeiras está aqui uma bomba relógio", alerta, lamentando que as entidades ainda não tenha agido e a situação se mantenha. Hugo Rosário recorda o grande incêndio que deflagrou em Marinhais no Verão deste ano, que rapidamente alastrou à freguesia vizinha de Glória do Ribatejo. O MIRANTE tentou obter esclarecimentos junto do proprietário do terreno, o que não foi possível até ao fecho da edição. Em declarações à Rádio Marinhais, José Valadas afirma que os materiais que estão no seu terreno não são perigosos. "Aquilo que é meu é apenas madeira para destruir. A população de Marinhais é que não tem que colocar lixo no meu terreno", criticou.

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