Sociedade | 22-02-2015 09:08
Eusébio no Panteão mas o homem que criou o espaço espera há mais de um século

Todos os grupos parlamentares na Assembleia da República aprovaram uma resolução que concede honras de Panteão Nacional aos restos mortais do ex-futebolista do Benfica, Eusébio da Silva Ferreira, mas o homem que criou o espaço dedicado a homenagear e a perpetuar a memória dos cidadãos portugueses continua à espera desde que morreu, há mais de um século. Os deputados decidiram criar um grupo para determinar a data e definir e orientar o programa da trasladação do jogador, falecido há um ano, enquanto para Passos Manuel, sepultado em Santarém, não há dinheiro. O ministro que em 1836 decretou a edificação de um Panteão Nacional, que tinha fortes ligações a Santarém, onde viveu e se encontra sepultado, foi uma das figuras de proa da vida política do século XIX. No final do ano passado numa conferência realizada na casa onde Passos Manuel viveu, na alcáçova de Santarém, o presidente da Academia Portuguesa de Belas Artes, António Valdemar, considerou que Passos Manuel “tem mais direito” a figurar no Panteão “do que outras pessoas que lá se encontram”.Como a figura de Passos Manuel, devido ao tempo que já passou sobre a sua morte, não é provavelmente interessante em termos eleitoralistas e de visibilidade política, aguarda-se que se arranjem os cerca de 50 mil euros para o trasladar.
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