Sociedade | 20-01-2016 12:28

Reboque danificou-lhe o carro e ninguém assume os prejuízos

Reboque danificou-lhe o carro e ninguém assume os prejuízos
Um mal nunca vem só, diz a voz popular. E Rui Vicente, 70 anos, reformado residente em Moreiras Grandes, Torres Novas, bem o pode atestar. No dia 20 de Novembro de 2015 chamou um reboque para lhe levar o carro para a oficina e a emenda saiu pior do que o soneto, pois o reboque ainda lhe causou mais danos na viatura, um Mercedes já com alguns anos.Ao fim da tarde desse dia, Rui Vicente estava a sair de uma serventia de um terreno particular, onde tinha estado à espera da sua filha para voltar a casa. Quando a viatura se encontrava atravessada, ocupando as duas faixas de rodagem da estrada, partiu-se a rótula da suspensão do lado esquerdo do veículo. Parou imediatamente e ligou para a assistência em viagem. A apoiá-lo esteve um agente da PSP que morava ali perto, que o ajudou a colocar a sinalização e a orientar o trânsito, devido à proximidade de uma curva e de um cruzamento. Quando o rebocador chegou e se preparava para fazer o seu trabalho, Rui Vicente advertiu-o para não colocar o gancho para prender o cabo na roda esquerda dianteira, pois poderia causar danos na jante. O reformado diz que o condutor do reboque ignorou o alerta, acabando por partir a jante dessa roda, entortar o amortecedor e partir o pára-choques. A operação fez também desaparecer a portinhola da janela no pára-choques, quando voltou a enfiar o gancho para rebocar o Mercedes. Perante os estragos, que o rebocador não quis assumir, Rui Vicente deslocou-se primeiro a uma agência da companhia de seguros que chamou o reboque para reclamar verbalmente, mas a resposta foi negativa. De seguida apresentou reclamações por escrito, juntamente com os testemunhos do seu mecânico e do agente da PSP, que diz não terem também servido para nada junto da companhia de seguros, que não se responsabiliza pelos prejuízos que reclama. A seguradora tem alegado, nas respostas às reclamação enviadas por escrito por Rui Vicente, que não existem quaisquer elementos de prova que suportem as alegações do queixoso, lembrando o estado descrito assinado pelo queixoso " expressamente ressalva não terem ocorrido danos no transporte do veículo".Rui Vicente não se conforma com essa resposta. Diz ter sido enganado ao assinar essa declaração, com o estado descritivo do veículo, para autorizar o reboque do carro, documento a que a companhia se agarra para alegar que o carro foi entregue em condições. O documento definia o prazo de 24 horas para apresentar eventuais reclamações, que Rui Vicente diz ter sido impossível de cumprir visto que o caso ocorreu numa tarde de sexta-feira, entretanto meteu-se o fim-de-semana e o mecânico só deu conta dos danos na terça feira-seguinte quando pegou no carro. Até à data, os danos que diz terem sido causados pelo reboque continuam por arranjar e Rui Vicente continua à espera que sejam apuradas as responsabilidades e pagos os prejuízos. Está revoltado com toda a situação e diz que vai avançar com um processo em tribunal, acrescentando que se for preciso até fará greve de fome junto da companhia caso seja necessário.* Notícia desenvolvida na edição semanal de O MIRANTE

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