Cheiro a gás no apartamento mudou a vida de moradora

Forte odor sentido na cozinha levou-a a deixar de usar o fogão e o esquentador.
Isaura Viana convive há nove meses com o cheiro a gás no seu apartamento no centro do Cartaxo. Desde que detectou a situação já não cozinha nem dorme no quarto que se situa mesmo ao lado da cozinha, nem toma banho com água quente com medo de ficar intoxicada com o cheiro ou acontecer algo pior.
Com a cozinha fechada, a reformada vê-se cingida a alimentar-se de pão, frutas e água e a fazer da sua sala uma ‘cozinha improvisada’ onde prepara e toma as suas refeições. “Nos dias melhores, quando os meus vizinhos não estão em casa e não se sente tanto o cheiro a gás, ainda coloco coisas no frigorífico, mas depois estou dias e dias sem entrar na cozinha e a comida vai-se estragando”, conta.
Com uma saúde frágil, Isaura, de 69 anos, confessa que, neste momento, não sabe a quem mais se dirigir. “Não sei o que fazer. Já contactei a empresa que gere o condomínio, a empresa Tagusgás, que fornece gás natural aos meus vizinhos, o delegado de saúde e o município do Cartaxo, mas ninguém faz nada”, lamenta, referindo que se preocupa, sobretudo, com a perigosidade da situação e também com os efeitos que este cheiro pode causar.