Tejo está a morrer pelo desleixo e falta de fiscalização
Situação do rio na região retrocedeu dezenas de anos perante passividade das autoridades e autarcas.
A situação do Tejo retrocedeu décadas por culpa da falta de fiscalização, do desleixo e da passividade do Governo e da maioria dos autarcas. Este é o retrato do professor universitário e especialista em ambiente, Carlos Cupeto, que no dia 6 de Dezembro participou numa visita de barco no Tejo, entre a Ribeira de Santarém e a foz do Alviela, promovida pela Câmara de Santarém.
Uma das faces mais visíveis foi a praga de jacintos encontrada na foz do rio Alviela, sinal de poluição. Segundo a autarquia, esse é um dado revelador de falta de corrente e de má qualidade da água. Essas plantas infestantes multiplicam-se em águas paradas alimentando-se de sais minerais resultantes da decomposição de matérias orgânicas. A iniciativa teve como objectivo alertar para a poluição do rio Tejo.
Para Carlos Cupeto, a qualidade da água no Tejo é muito má, apesar de o Ministério do Ambiente dizer que não há problemas com a água. O professor salienta que a monitorização feita pelas entidades responsáveis dá para tudo, como as estatísticas, e apresenta-se o que se quiser e for mais favorável. “Se quiserem dizer que a qualidade da água é boa fazem amostras em determinados sítios e em alturas convenientes”, salienta.
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