Um bandarilheiro com alma de poeta
Um desgosto de amor atirou-o ao chão e Rodolfo Barquinha, um bandarilheiro natural de Vila Franca de Xira, refugiou-se na poesia e na escrita para ultrapassar o sofrimento da perda.
Hoje vive-se numa sociedade que tem medo de dizer a palavra amor. E quando alguém a consegue dizer, olhos nos olhos da outra pessoa, isso é um acto de valentia. Quem o diz é Rodolfo Barquinha, 36 anos, bandarilheiro vilafranquense que sofreu um desgosto de amor, foi-se abaixo e através da poesia conseguiu reencontrar-se.
“A tauromaquia sempre foi grande inspiração de poetas e músicos e é uma das minhas grandes paixões. Os homens têm a dificuldade de dizer a palavra amor. Esta geração não tem problema em drogar-se em plena rua mas custa-lhes dizer a palavra amor, mesmo sendo o amor uma droga. Dizer amor é um acto de valentia, como na tourada. Escrever um livro de amor é um acto de valentia”, defende.
Rodolfo é bandarilheiro profissional em Portugal e Espanha, iniciou a sua formação na Escola de Toureio José Falcão em Vila Franca de Xira. “A vida encontrou-me com a poesia, comecei a lê-la depois de um desgosto de amor. Naquele túnel escuro em que estamos sem chão e em baixo, a poesia era a única forma de me tirar essa depressão”, conta a O MIRANTE.
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