Pouco peixe do Tejo no Mês do Sável em Vila Franca de Xira
Pescadores queixam-se que a poluição afasta algumas espécies que habitualmente povoam o rio e, por isso, não conseguem dar resposta à procura dos restaurantes.
Em Março o sável é rei em Vila Franca de Xira. Espalhados por todo o concelho, 27 restaurantes servem um prato confeccionado com este peixe exclusivo desta época do ano. E já que o festival gastronómico “Março, Mês do Sável” homenageia uma tradição gastronómica e cultural que decorre da ancestral relação das pessoas desse concelho com o rio Tejo, O MIRANTE foi saber junto de quem ainda vive da pesca o que mudou nos últimos anos.
Marco Guerra, de 38 anos, praticamente nasceu pescador. Herdou o ofício dos avós e dos pais e afirma que lhe “corre no sangue a arte de pescar”. No que ao sável diz respeito, admite que “nos últimos anos o balanço tem sido negativo”. Marco queixa-se da poluição no rio Tejo que afasta o peixe. “O sável é um peixe que se sentir alguma poluição já não entra. Ele volta para o mar e procura água limpa noutro rio”, explica.
O pescador confidencia-nos que devido à poluição “houve uma altura em que quase não conseguia ganhar para comer”. Apesar de aparecer em pouca quantidade, o pescador natural de Vila Franca de Xira afirma que o sável do Tejo é o melhor de todos. “O nosso sável é o mais saboroso que há. É da cor da prata, maior e muito mais saboroso. É um peixe lindo”, concluiu.
Reportagem completa na edição semanal de O MIRANTE