Sociedade | 04-07-2018 07:56

Ourém pede reunião urgente com tutela para abordar turmas nos colégios de Fátima

Presidente da Câmara de Ourém, Luís Albuquerque, pediu uma reunião com a Secretária de Estado Adjunta e da Educação.

O presidente da Câmara de Ourém, Luís Albuquerque, pediu uma reunião com a Secretária de Estado Adjunta e da Educação, a quem já manifestou “insatisfação” face à redução de turmas nos colégios de Fátima.

Numa declaração apresentada pelo vice-presidente desta autarquia, Natálio Reis, na reunião do executivo municipal de segunda-feira, lê-se que “o ensino em Fátima, no que se refere do 2.º ciclo do ensino básico ao secundário, nos últimos anos tem sido um motivo de grande preocupação para pais, professores, funcionários e, acima de tudo, para os alunos”.

“Para o novo ano letivo 2018/19, novos cortes se preveem, desta feita ao nível da redução de turmas”, refere o documento, salientando que “esta é uma situação que prejudica claramente” muitos residentes em Fátima que “neste momento se veem na iminência de procurar outras escolas fora da sua área de residência”.

A declaração adianta que “este executivo não pode, de forma alguma, aceitar tais injustiças que obrigam crianças e jovens de Fátima com vida organizada em Fátima a procurar vagas a vários quilómetros de distância”.

“Importa relembrar que em Fátima não existe qualquer oferta pública de ensino desde o 2.º ciclo ao secundário e que os três colégios, Sagrado Coração de Maria, São Miguel e Centro de Estudos de Fátima, foram durante os últimos 40 anos parceiros inegáveis do Estado, integrando a rede pública de oferta estatal como escolas com contratos de associação”, explica o documento.

Na declaração, o vice-presidente da Câmara cita um despacho da tutela relativo às matrículas para o próximo ano lectivo, concluindo que este “prevê que a área de influência das escolas contemple todos os alunos cujos encarregados de educação residam ou trabalhem, neste caso, na freguesia de Fátima”.

“Perante este facto, era expectável que esta situação tivesse em conta a singularidade de Fátima” e que “fossem acautelados e revertidos os cortes de 50% verificados no ano lectivo que agora termina”, sustenta.

Mas, “ao contrário do esperado, eis que se mantêm os cortes nos 5.º, 7.º e 10.º anos”, impedindo “um número significativo de alunos, que residem ou cujos encarregados de educação trabalham em Fátima, de poder frequentar estes colégios”, alerta.

De acordo com “os dados apurados junto dos três colégios estão identificados pelo menos 23 alunos (nove residentes) sem vaga para o 5.º ano e 46 alunos (21 residentes) sem vaga para o 7.º ano, sendo que se prevê que o número de alunos prejudicados ultrapasse a centena”, explica.

“Esta é uma situação que nos preocupa e que consideramos inaceitável, e em que iremos fazer todos os esforços para que seja reversível, sendo que o que nos move é o superior interesse das crianças e suas famílias”, acrescenta a declaração de Natálio Reis, dando conta, ainda, de que o presidente do município enviou um ‘email’ à secretária de Estado “dando nota da insatisfação perante tais factos e solicitando o agendamento com de uma reunião com carácter de urgência".

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