Aviso aos caçadores: Tuberculose nos javalis e veados contagia humanos
Caçadores sem escrúpulos e de forma furtiva têm vindo a oferecer com mais frequência esta carne para venda, a preços irrisórios.
Há um tipo de tuberculose dos javalis e veados que é transmissível aos humanos e que só não chegará à região se os caçadores estiverem atentos e colaborarem com as autoridades veterinárias. A colaboração começa pela vigilância e alerta em situações que possam ser suspeitas e por não venderem a restaurantes carne de animais que não tenham sido controlados por veterinários. O contágio faz-se quer pelo contacto com animais infectados, quer pelo seu consumo. Estas questões foram comunicadas a uma centena de caçadores numa sessão de esclarecimento promovida pelo Clube de Caçadores de Valhascos e Cabeça das Mós, concelho do Sardoal.
Até agora não foi registado qualquer caso de animais infectados no Ribatejo, mas isso não deixa a Direcção Geral de Alimentação e Veterinária descansada porque a doença existe em Portugal, tendo sido delineada uma área de risco na zona raiana das regiões Centro e Alentejo. A Direcção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), em conjunto com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, tem em marcha um plano de vigilância sanitária na caça maior, mas aos caçadores cabe uma grande responsabilidade. A DGAV passou a recolher amostras em várias zonas do país e não apenas nas zonas de risco, onde é obrigatório o cumprimento de várias restrições.
No entender de André Grácio, advogado e colaborador da associação de caçadores, esta questão assume especial importância porque “numa conjuntura económica difícil, tem-se verificado que alguns caçadores sem escrúpulos e de forma furtiva têm vindo a oferecer com mais frequência esta carne para venda, a preços irrisórios, e por isso de fácil aquisição”.
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