Sociedade | 28-09-2018 00:04

Mulher do triatleta Luís Grilo mata por dinheiro e por amor

Mulher do triatleta Luís Grilo mata por dinheiro e por amor
Rosa Grilo e o amante António Joaquim

Crime teve motivações de natureza financeira e também de natureza sentimental avança a PJ.

O homicídio do triatleta Luís Grilo, alegadamente cometido pela mulher e por um homem, terá tido "motivações de natureza financeira e também de natureza sentimental", revelou o director da Directoria de Lisboa da Polícia Judiciária, Paulo Rebelo.

"Encontramo-nos ainda a apurar quais as motivações que estiveram subjacentes à prática dos factos. Neste momento, apontam para motivações de natureza financeira e também de natureza sentimental", afirmou Paulo Rebelo.

Em conferência de imprensa, na sede da Polícia Judiciária (PJ), em Lisboa, o responsável revelou que "há fortes indícios" de premeditação no homicídio, que terá sido cometido em coautoria pelos dois suspeitos, que foram detidos na quarta-feira, com uma arma de fogo de calibre 7.65 milímetros, "registada em nome do detido".

"Neste momento, podemos dizer que há fortes indícios nesse sentido [de premeditação]. Houve muito mais do que um simples impulso", declarou Paulo Rebelo, que não esclareceu pormenores sobre as eventuais motivações financeiras do crime.

Acerca da relação entre os dois detidos, Paulo Rebelo qualificou-a de próxima, tal como a PJ tinha feito anteriormente em comunicado.

"Como nós indicámos, é uma relação próxima - e por aqui nos ficamos -, uma relação próxima de pessoas que se conheciam há muitos anos", afirmou, confirmando que o homem em causa é oficial de justiça.

O director da Directoria de Lisboa e Vale do Tejo da Polícia Judiciária foi questionado pelos jornalistas sobre episódios passados de violência doméstica entre o triatleta e a mulher e respondeu: "Nada temos que aponte nesse sentido".

O responsável disse que os elementos recolhidos apontam para que o alegado crime tenha acontecido em 15 de julho, o dia anterior a Luís Grilo ter sido dado como desaparecido, sendo o local "mais provável" a "residência comum do casal", na localidade de Cachoeiras, concelho de Vila Franca de Xira.

Acerca da responsabilidade assumida pela mulher e pelo homem na alegada prática do homicídio, Paulo Rebelo disse que os indícios apontam para que "o crime tenha sido cometido em coautoria".

"Contudo, as investigações subsequentes vão determinar o grau de responsabilidade de cada um deles", acrescentou.

Paulo Rebelo referiu-se também ao estado em que o cadáver de Luís Grilo foi encontrado, mais de um mês depois do desaparecimento, no concelho de Avis, distrito de Portalegre.

"Muito do que foi falado em termos de haver uma violência específica em relação a qualquer parte do corpo não se confirmará, uma vez que deriva da própria natureza do fenómeno de putrefação em que o corpo se encontrava", afirmou.

Na quarta-feira à noite, a PJ deteve a mulher do triatleta, de 43 anos, e um homem, de 42, suspeitos do envolvimento no crime.

A mulher e o homem estão indiciados pela prática dos crimes de homicídio qualificado, profanação de cadáver e detenção de arma proibida.

Os detidos serão presentes na sexta-feira no Tribunal de Vila Franca de Xira para primeiro interrogatório judicial.

Luís Grilo, de 50 anos, foi dado pela mulher como desaparecido em 16 de Julho, tendo na altura sido encetadas várias buscas para o encontrar.

O cadáver foi encontrado em 24 de Agosto perto de Alcôrrego, num caminho de terra batida junto à Estrada Municipal 1070, por um popular que fazia uma caminhada na zona.

Antes, o telemóvel da vítima tinha sido encontrado nos Casais da Marmeleira, a seis quilómetros de casa, já no concelho de Alenquer, numa zona onde costumava treinar.

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