Mação admite avançar judicialmente para ser ressarcida dos fogos de 2017
Após confirmar suspeitas de que houve desvio de meios e uma acção pouco profissional do então comandante Rui Esteves.
Vasco Estrela admite avançar com uma acção judicial para ressarcimento dos danos resultantes dos incêndios de 2017, uma “tragédia” que o relatório da Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI) divulgado a 31 de Janeiro provou que “podia ter sido evitada”.
Para o presidente da Câmara de Mação o relatório da IGAI, remetido para o Ministério Público pelo Ministério da Administração Interna (MAI), veio confirmar o que eram as suas suspeitas e que repetiu ao longo de meses, de que “houve desvio de meios e uma acção pouco profissional e pouco de acordo com as regras do então comandante [da Autoridade Nacional de Protecção Civil, ANPC] Rui Esteves”.
O relatório da IGAI concluiu que Rui Esteves, então comandante nacional da ANPC, não nomeou o comandante distrital para comandar o incêndio que em Julho de 2017 lavrou nos concelhos da Sertã e de Proença-a-Nova e alastrou a Mação, o que potenciou “anomalias nas linhas de comando da operação”. O mesmo documento concluiu que Rui Esteves “deu ordens diretas de desmobilização e mobilização de meios de reforço, dando origem a uma redução desproporcional de meios presentes no distrito de Santarém”.
O inquérito foi feito após a Câmara Municipal de Mação ter formalizado uma participação à IGAI contra a ANPC para apuramento de responsabilidades.