Sociedade | 21-08-2019 07:00

Construtora do Museu de Arqueologia e Arte de Abrantes pede indemnização à câmara

Construtora do Museu de Arqueologia e Arte de Abrantes pede indemnização à câmara
DISPUTA

A Câmara de Abrantes reconhece prejuízos com prolongamento dos trabalhos mas recusa valor apresentado pela empresa.

A Câmara de Abrantes recusa pagar 251 mil euros de compensação à empresa TPS – Teixeira Pinto Soares, S.A., pelos atrasos na obra do Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes (MIAA). Os trabalhos prolongaram-se devido à realização de escavações arqueológicas, a que a empresa é alheia. A autarquia não concorda com o valor pedido pela construtora, mas aceita pagar um valor mais baixo, que terá de ser acordado entre ambos.

A sociedade TPS, empresa a quem foi adjudicada a empreitada de recuperação do Convento de São Domingos para albergar o museu, alega prejuízos decorrentes dos sobrecustos da empreitada. A primeira fase da obra devia ter ficado concluída em 910 dias, prazo que acabava em Maio. O presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Valamatos (PS), explicou que o facto de terem sido encontrados alguns achados arqueológicos atrasou a inauguração do museu, que só deverá ocorrer no próximo ano.

O vice-presidente do município, João Gomes (PS), explicou que os sobrecustos estão relacionados com a manutenção do estaleiro, grua, pessoal, contentores, entre outros. O executivo deliberou que, por falta de fundamentação e demonstração, seja solicitado à empresa a apresentação de novo pedido, devidamente fundamentado e documentado, num prazo razoável. Valamatos acrescentou que os técnicos do município vão reunir com a empresa para encontrar o valor correcto tendo em conta os prejuízos, que o município reconhece terem acontecido.

A requalificação do Convento de São Domingos para instalação do MIAA teve início em Janeiro de 2017. O contrato de empreitada da primeira fase da obra tem um valor de 3,1 milhões de euros, tendo sido assinado a 25 de Agosto de 2016. O MIAA vai ter áreas de exposições permanentes e temporárias e vai acolher parte da colecção de arqueologia e arte municipal.

No museu vai ficar o espólio de pintura contemporânea da pintora Maria Lucília Moita e a colecção arqueológica Estrada, propriedade da Fundação Ernesto Lourenço Estrada, Filhos. Esta colecção inclui cerca de cinco mil peças de ourivesaria ibérica, armaria e arte sacra dos séculos XVI a XVIII, além de colecções de numismática, arquitectura romana, medieval e moderna, relógios de várias épocas e uma exposição de arqueologia e história medieval.

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