Com o objectivo de aumentar a investigação e desenvolvimento na área da Lezíria do Tejo, a Estação Zootécnica Nacional, em Santarém, vai passar a Centro de Excelência para a Agricultura e a Agro-indústria. O novo Centro de Excelência para a Agricultura e a Agro-indústria (CEAAI) terá um investimento de 5,2 milhões de euros e servirá para “fomentar a investigação e o desenvolvimento tecnológico nos sectores agro-pecuário, agro-alimentar e agrícola”, divulgaram num comunicado conjunto a Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT) e o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV, I.P.).

O equipamento surge em resposta ao diagnóstico realizado pela CIMLT, no âmbito do Plano Territorial Integrado Lezíria 2020, que identificou como uma das fraquezas, a insuficiente rede de infra-estruturas de investigação e desenvolvimento e centros tecnológicos.

A aprovação pelo Programa Operacional do Alentejo de uma candidatura de 5,2 milhões de euros permite agora expandir a Estação Zootécnica Nacional (EZN), em Santarém, para a criação do CEAAI , onde, segundo a CIMLT, se pretende reunir conhecimentos e competências especializadas e alojar empresas inovadoras, bem como dotar aquele equipamento de mais e melhores valências e competências no suporte tecnológico e laboratorial.

A implantação do centro na EZN permitirá optimizar os serviços e meios já existentes na estação que, numa área de 240 hectares, concentra infra-estruturas de experimentação animal (instalações para animais, unidade de engorda de bovinos, matadouro experimental, unidade de fabrico de alimentos compostos, câmaras bioclimatológicas, cirurgia experimental), laboratórios (nutrição e alimentação, qualidade e segurança dos produtos, biotecnologias reprodutivas, genética molecular), e ainda um Centro de Documentação e Informação (com três anfiteatros, salas de reuniões e biblioteca).

De acordo com as entidades envolvidas, um dos principais eixos de intervenção relacionar-se-á com a investigação à medida, dedicada ao serviço exclusivo para cada empresa, com foco nas pequenas e médias empresas, com recursos reduzidos para o desenvolvimento de novos produtos.

A actividade do centro passará também pela articulação com entidades de ensino, ao nível da formação técnico-profissional, universitária e pós-graduada. O processo para a criação do centro começou há quatro anos com a assinatura de um protocolo de cooperação entre as duas entidades, a Câmara de Santarém, o Agrocluster da Associação Empresarial da Região de Santarém (Nersant), o Instituto Politécnico de Santarém e a Universidade de Lisboa.