Sociedade | 09-09-2019 18:00

Coordenador da Protecção Civil de Azambuja obrigado a deixar o cargo por não ter canudo

Coordenador da Protecção Civil de Azambuja obrigado a deixar o cargo por não ter canudo

Vaga está por preencher desde o início de Agosto.

O antigo coordenador municipal da Protecção Civil em Azambuja e ex-comandante dos Bombeiros de Azambuja, Pedro Cardoso, que ocupava o cargo há quase uma década, foi obrigado por lei a abandoná-lo, a 1 de Agosto, por não ter uma licenciatura, requisito que passou a ser obrigatório. Um mês depois, o presidente do município, Luís de Sousa, a quem cabe fazer a nomeação do novo coordenador diz ainda não ter um candidato na calha.

O autarca adiantou a O MIRANTE que vários comandantes de corporações vizinhas se ofereceram para desempenhar o cargo e que a decisão será tomada em breve, mas não se compromete com datas. “Tem de ser alguém da minha confiança e continuo com dúvidas na decisão que vou tomar”, justificou.

Luís de Sousa não considera que a protecção e socorro no município esteja a ser posta em causa pela saída de Pedro Cardoso, destacando o trabalho das duas corporações de bombeiros existentes no concelho. O autarca respondia ao vereador Rui Corça (PSD) que levantou a questão na reunião de câmara de 28 de Agosto.

Um coordenador municipal actua exclusivamente no território do respectivo município e dirige o serviço municipal de Protecção Civil, acompanhando e apoiando permanentemente as operações de protecção e socorro. Também dá parecer sobre o material mais adequado à intervenção operacional e é o responsável pela elaboração de planos municipais de emergência de protecção.

Queria o genro a ocupar o cargo

Em relação a possíveis escolhas dentro das corporações de bombeiros do concelho, Luís de Sousa admitiu que o comandante dos Bombeiros Voluntários de Alcoentre, Eifel Garcia, que é seu genro, seria a pessoa indicada para o cargo, caso tivesse a licenciatura concluída. “Não teria hesitado e ele já estaria aqui comigo. Não tenho problema algum em assumir isso”, disse em declarações a O MIRANTE, frisando que o assunto sobre a ausência de um coordenador municipal de Protecção Civil foi levantado porque “a preocupação de toda a gente é que o presidente tem um genro que é comandante dos bombeiros”.

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