Crematório de Almeirim abre em Janeiro e vai cobrar 230 euros por serviço

Os residentes e naturais do concelho de Almeirim vão ter um desconto nas cremações e se tudo correr como previsto o investimento do município estará pago em catorze anos.
O crematório de Almeirim abre em Janeiro e a Câmara de Almeirim, dona do equipamento, já aprovou os preços a praticar segundo proposta da junta de freguesia da cidade, que vai explorar o serviço. As cremações vão custar 230 euros e para os residentes ou naturais de Almeirim há um desconto de trinta euros. A cremação de ossadas tem um custo de 125 euros. Segundo o presidente da junta, Joaquim Catalão, os valores são em média idênticos aos que já se praticam em outros equipamentos do género.
As obras de construção estão na fase final e este será, em princípio, o primeiro crematório do distrito de Santarém. Além deste estão a avançar os de Santarém, que já iniciou a construção recentemente, e o do Entroncamento. A diferença é que o de Almeirim é o único que tem propriedade e gestão pública. O presidente da câmara, Pedro Ribeiro, refere que neste momento faltam terminar algumas obras de construção e que o forno deve começar a ser montado até ao início do próximo mês. Para o autarca este equipamento é uma necessidade para a população do concelho e da região, que tem tido dificuldades em cremar os seus entes queridos, já que não há até agora um crematório no distrito de Santarém, o que tem levado as famílias a terem de esperar uma média de dois dias.
Segundo o estudo de viabilidade económico e financeiro, a que O MIRANTE teve acesso, o forno terá capacidade para cinco cremações diárias, prevendo-se que inicialmente faça duas cremações por dia e que em 2038 suba para três. No global, o crematório representa um investimento da Câmara de Almeirim de 503 mil euros, dos quais 347 mil dizem respeito à construção e cerca de 142 mil euros à aquisição do forno. O restante é para custear a aquisição de mobiliário e equipamentos informáticos.
O estudo refere que o forno terá uma vida útil de 20 a 25 anos e estima-se que nos dois primeiros anos faça 659 cremações. Com base no número de óbitos e de tendência de cremações, estima-se que a maior parte das cremações sejam oriundas de Santarém, com 118 serviços, seguindo-se Caldas da Rainha (60), Torres Novas (50), Coruche e Cartaxo (47 cada) e Salvaterra de Magos (45). Dos óbitos em Almeirim espera-se fazer 43 cremações. Se a realidade corresponder ao que se prevê o investimento vai estar pago em catorze anos.