Sociedade | 14-10-2019 18:00

Obras na Nacional 10 esgotam paciência de moradores e autarcas

Presidente da Câmara de VFX pede bom senso e compreensão à população.

É preciso bom senso, civismo e compreensão, pede o presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita (PS), face às crescentes queixas e críticas que estão a emergir devido às obras na Estrada Nacional 10 (EN10), entre Alverca e a Póvoa de Santa Iria.

A obra, explica o autarca, é “importantíssima” em termos ambientais e para a melhoria da mobilidade urbana. Mas enquanto não fica pronta admite que cause transtornos e problemas. Há queixas de redução drástica do estacionamento, de abate de árvores que existiam naquele traçado, de filas prolongadas devido aos constrangimentos de trânsito numa via onde não há alternativa possível.

Depois da população foi a vez dos eleitos da assembleia municipal também se queixarem da forma como as obras estão a decorrer e de como foram planeadas. “Fizemos um projecto que nos pareceu o adequado mas a verdade é que na sequência da obra fomos verificando que havia correcções a fazer. Não tem sentido quando se percebe que algo está errado não alterar, é isso que temos feito”, explica Alberto Mesquita.

O autarca garante que todas as chamadas de atenção que são feitas pelos moradores são tidas em conta e algumas reclamações acabam mesmo por originar alterações ao projecto. “Abatemos algumas árvores que estavam em mau estado e outras porque foi mesmo necessário para obter o espaço que precisávamos. Mas vamos replantar o dobro das árvores que abatemos. Não o fizemos ainda porque o Verão não é a altura ideal para as plantar”, explicou.

Rui Rei, eleito da Coligação Mais, liderada pelo PSD e que vive na Póvoa de Santa Iria, criticou o projecto na última assembleia municipal. “Não podemos estar de acordo com um projecto que cortou mais de 200 árvores e na Póvoa fez desaparecer mais de 80 por cento do estacionamento junto à EN10, sobretudo no Forte da Casa, onde existe comércio e população envelhecida”, criticou.

Também Dulce Arrojado, da bancada da CDU, alertou para os problemas de segurança e mobilidade actualmente existentes, sobretudo o estreitar de vias. “Se acontece a avaria de um automóvel ou acidente fica tudo imobilizado”, condenou.

A O MIRANTE, Alberto Mesquita diz compreender as preocupações e lembra que a população tem de perceber que o trabalho feito foi para beneficiar os moradores. “Há zonas que ainda não estão prontas porque estamos a falar de um trabalho muito complexo, tivemos de inventar espaço para que coubesse tudo”, conclui.

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