Comportamento “anormal, descontraído e alegre” levou PJ a suspeitar de Rosa Grilo
Coordenadora da investigação disse em tribunal que numa primeira fase a arguida ainda não era suspeita de envolvimento na morte do marido.
Rosa Grilo passou a ser suspeita no caso do homicídio do marido, Luís Grilo, devido ao comportamento “anormal, alegre e descontraído" perante o desaparecimento do empresário e triatleta residente em Cachoeiras, Vila Franca de Xira.
A revelação foi feita pela coordenadora da investigação da Polícia Judiciária (PJ) à morte de Luís Grilo na sexta sessão do julgamento, que decorre no Tribunal de Loures.
A coordenadora da investigação contou que, em finais de Julho de 2018, cerca de uma semana depois do desaparecimento do empresário, a arguida acompanhou uma equipa da PJ numa “batida” à procura de Luís Grilo, durante a qual “parecia estar numa caminhada, com um comportamento descontraído, alegre e contente”, o que começou a levantar desconfianças à Polícia Judiciária.
“Este tipo de comportamento não encaixava num comportamento normal de alguém que tinha um ente querido desaparecido. Fomos colocando algumas reticências e este comportamento levou-nos a pensar que ela sabia mais do que dizia”, explicou a testemunha.
Nessa fase inicial, Rosa Grilo ainda não era suspeita de envolvimento na morte do marido, mas com o passar do tempo a investigação foi afastando a hipótese de desaparecimento e começou a desenvolver diligências e a tratar o caso como possível homicídio.