População quer fim dos maus cheiros que se sentem em Vale Carril
Moradores criticam a passividade das entidades ambientais face aos maus cheiros que se sentem há vários anos naquela localidade do concelho de Azambuja.
O problema dos maus cheiros provenientes de uma exploração pecuária em Vale Carril, freguesia de Alcoentre, estão a incomodar a população local e na última semana voltaram a sentir-se odores nauseabundos, especialmente nos dias de maior vento.
Alguns moradores criticam a passividade das entidades de fiscalização ambiental e apontam o dedo a uma pecuária com porcos e vacas sediada entre Vale Carril e Manique do Intendente. “Despejam toneladas de dejectos no terreno em frente à minha casa. É um cheiro que não se aguenta, um flagelo constante e ninguém faz nada”, reclama uma moradora que denunciou a situação ao nosso jornal.
Também os vizinhos se sentem incomodados, tendo já alertado, diversas vezes, a Câmara de Azambuja e a GNR. “O cheiro é tão horrível que se torna difícil respirar. Para além dos dejectos sente-se um outro cheiro, tóxico, de produtos que devem utilizar para disfarçar o outro”, reitera outra moradora, Eugénia Martins.
Contactada por O MIRANTE, a GNR informa que tomou conhecimento da situação do despejo de dejectos e que o Núcleo de Protecção Ambiental (NPA) já esteve no local e procedeu à identificação e fiscalização da exploração pecuária, tendo resultado na elaboração de um auto de contra-ordenação.
Também a Câmara de Azambuja diz estar empenhada em procurar uma solução para o problema e que, para isso, já foram feitos contactos com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
Já o presidente da Junta de Alcoentre, Francisco Morgado, diz que “o assunto já tem barbas e que nada se faz para que seja resolvido”, apesar de o cheiro ser uma constante e incomodar a população.