Sociedade | 18-11-2019 18:00

Câmara de Vila Franca de Xira interessada em comprar Palácio da Flamenga

Imóvel do Estado está ao abandono e é um dos pontos negros em Vialonga. Ideia passaria por demolir e prolongar o parque urbano até àquele local da freguesia.

O município de Vila Franca de Xira não descarta a hipótese de tentar adquirir, pelo preço justo, o antigo palácio onde em tempos funcionou o hospital da Flamenga, em Vialonga, e que actualmente se encontra devoluto e degradado.

A ideia foi avançada na última semana em reunião de câmara pelo presidente do município, Alberto Mesquita (PS), que condenou o “preço exorbitante” pedido pelo Estado por aquele imóvel. O mesmo Estado que durante décadas não cuidou de o preservar e que hoje é um edifício de portas escancaradas e albergue de toxicodependentes e sem-abrigo.

“Se tivéssemos condições de comprar aquilo, eu diria que seria o prolongamento do parque urbano da Flamenga. Se assim fosse criávamos o maior parque urbano do nosso concelho, porque temo que o que lá está é muito dificil de recuperar”, afirmou o autarca.

O assunto veio a lume na reunião realizada precisamente em Vialonga, onde moradores e oposição voltaram a questionar o executivo sobre o impasse naquela estrutura. “Quem tem de tratar daquilo é o Estado que, temo, não vá tratar de nada, como não tem tratado até hoje. O património do que foi o hospital, esse temo que esteja perdido. O estado não tomou conta daquela propriedade”, criticou.

No final do último Verão O MIRANTE esteve no local e reportou o que viu, num vídeo que também pode ser visto no nosso site. O edifício está num estado de puro abandono e entregue ao vandalismo. E o pouco património histórico ali existente continua a ser roubado: primeiro foram dois mil azulejos do século XVII que decoravam a capela dedicada a Santo António, depois um relógio de sol e agora os brasões talhados na pedra que ornamentavam várias arcadas.

O velho palácio está sem vigilância, com as paredes cobertas de grafitis, com o interior completamente vandalizado e coberto de lixo e restos de materiais furtados. Do contacto feito na altura pelo nosso jornal à Direcção Geral do Património Cultural sobre o assunto nem uma resposta.

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