Ministério Público pede nulidade de despacho que libertou António Joaquim

Arguido é suspeito de ter assassinado, em co-autoria com Rosa Grilo, o empresário e triatleta Luís Grilo.
O Ministério Público (MP) pediu a nulidade do despacho judicial que ordenou na sexta-feira a libertação de António Joaquim, acusado de matar o triatleta Luís Grilo, em coautoria com a mulher da vítima, Rosa Grilo.
“O Ministério Público apresentou requerimento de declaração de nulidade do despacho proferido por violação do contraditório relativo ao Ministério Público. Arguiu ainda a irregularidade da alteração da medida de coação por ausência de fundamentação da decisão”, explicou a Procuradoria-Geral da República, em resposta enviada à agência Lusa.
António Joaquim, que se encontrava em prisão preventiva desde Setembro de 2018, assim como Rosa Grilo, que se mantém com a mesma medida de coacção, saiu na sexta-feira, 6 de Dezembro, em liberdade, na sequência de um requerimento apresentado pela defesa, dois dias antes, no qual solicitava a revogação da prisão preventiva por entender que “não existiam elementos provatórios que pudessem sustentar a tese da acusação”.
Ricardo Serrano Vieira, advogado do arguido, explicou que “as circunstâncias que determinaram a prisão preventiva estavam invariavelmente alteradas, assim como a ausência das exigências cautelares”.
A acusação do MP atribui a António Joaquim a autoria do disparo sobre Luís Grilo, na presença de Rosa Grilo, no momento em que o triatleta dormia no quarto de hóspedes na casa do casal, na localidade de Cachoeiras, Vila Franca de Xira.
O crime, que ocorreu em 15 de Julho de 2018, terá sido cometido para poderem assumir a relação amorosa e beneficiarem dos bens da vítima - 500.000 euros em indemnizações de vários seguros e outros montantes depositados em contas bancárias tituladas por Luís Grilo, além da habitação.