Funeral de arquitecto Costa Rosa realiza-se esta segunda-feira à tarde
Figura ilustre da comunidade de Tomar faleceu este sábado, 7 de Dezembro, aos 92 anos.
O funeral do arquitecto Costa Rosa realiza-se esta segunda-feira, 9 de Dezembro, pelas 15h00, em Tomar. José da Costa Rosa faleceu este sábado, 7 de Dezembro, aos 92 anos. Era um figura ilustre da comunidade de Tomar. Em 2017 foi distinguido pela Câmara de Tomar com a Medalha de Valor e Altruísmo e o actual executivo deliberou há alguns meses atribuir o seu nome a uma das ruas da cidade.
Em entrevista a O MIRANTE (ver edição 5 Maio 2010) Costa Rosa confessava um homem de múltiplas paixões. José Inácio da Costa Rosa nasceu a 22 de Janeiro de 1927, em Tomar, na casa que os avós maternos tinham na Rua Infantaria XV, em frente ao Cine-Teatro Paraíso. No primeiro andar da sua casa conservava o seu ateliê de arquitectura onde tinha emoldurado o diploma que atestava que terminou o curso de Arquitectura na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, em 1952, com 19 valores. É também no mesmo piso que tinha a “sala dos touros”, onde tinha uma infinidade de objectivos relacionados com a vida tauromáquica. Casado há mais de 50 anos, deixa dois filhos, ambos formados em Design.
Tomar, o ensino, a arquitectura, as touras, as viagens, os projectos, os desenhos e a famílias era apenas algumas das suas grandes paixões. Recordou a O MIRANTE que sempre teve gosto por desenho e já em criança agarrava em blocos e saía à rua para desenhar. A mãe sempre o apoio nesta paixão, embora o pai gostasse que tivesse sido médico. Ainda chegou a fazer a admissão para arquitectura e veterinária mas acabou por seguir arquitectura. Foi professora na Escola Jácome Ratton, em Tomar, durante 41 anos mas quando terminou o curso ainda teve oportunidade de trabalhar em duas câmaras, Coimbras e Setúbal.
Considerava-se um louco por Tomar. “Amo-a porque é bonita. Não há cidade como esta em lado nenhum. Acho que para além de Tomar só não me importava de viver em Évora. Cada vez que vou lá encontro coisas novas. Como quando vou ao Convento de Cristo. Gosto do rio, das pessoas. Tomar é uma beleza”, confessava na entrevista a O MIRANTE.