Sociedade | 14-12-2019 07:00

Ministro Cabrita e presidente Estrela reconciliam-se da guerra dos incêndios

Ministro Cabrita e presidente Estrela reconciliam-se da guerra dos incêndios

Ministro da Administração Interna e presidente da Câmara de Mação desentenderam-se no rescaldo dos incêndios do Verão que dizimaram quase tudo o que restava da floresta do concelho.

O ministro da Administração Interna já enterrou o machado de guerra da polémica em que se envolveu com o presidente da Câmara de Mação, Vasco Estrela (PSD), no rescaldo dos incêndios do último Verão. Questionado por O MIRANTE sobre se já tinha feito as pazes com o autarca social-democrata, o socialista Eduardo Cabrita respondeu que fazer as pazes significava que havia uma guerra, o que o governante considerou não existir. Apesar de após os grandes incêndios deste ano no concelho ambos terem trocado duras críticas.

Eduardo Cabrita, à margem da inauguração do Comando Distrital de Operações de Socorro em Almeirim, na sexta-feira, 6 de Dezembro, disse que já esteve com Vasco Estrela numa iniciativa no Sardoal e que ambos se preocupam com a segurança das pessoas, sendo que isso é o mais importante. O autarca diz a O MIRANTE que o ministro o cumprimentou nessa altura e agora também em Almeirim.

Vasco Estrela comenta que o ministro tem que, “em termos institucionais”, relacionar-se com a Câmara de Mação. O autarca não deve ter esquecido o episódio polémico, mas parece já ter apagado o fogo da desavença, dizendo que “o que passou, passou” e que “é preciso haver elevação”.

Recorde-se que em Agosto o autarca veio lamentar publicamente que o ministro o tenha “atacado pessoalmente” em vez de expressar solidariedade por um concelho onde ardeu quase toda a área florestal, nos últimos dois anos. Vasco Estrela lamentou ainda na altura que Cabrita “conviva mal com opiniões divergentes”, pelo facto de ter criticado a falta de meios no combate aos incêndios no seu concelho entre os dias 20 e 23 de Julho. Confrontado numa entrevista à RTP com as críticas do autarca, o ministro acusou Estrela de agir como um comentador televisivo e de não dar cooperação ao esforço de Protecção Civil.

O presidente refutou as acusações, considerou-as um ataque pessoal “indigno” do ministro, que preferiu seguir esta via em vez de discutir a maneira como evitar que Mação e concelhos vizinhos sejam consumidos pelas chamas ano após ano.

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