Sociedade | 20-01-2020 15:51

Arlindo Marques denuncia novos focos de poluição no Tejo

Arlindo Marques denuncia novos focos de poluição no Tejo

Guardião do Tejo alerta ainda para a necessidade dos caudais do rio serem estáveis para não prejudicar a desova dos peixes

Arlindo Consolado Marques detectou focos de poluição no rio Tejo há cerca de uma semana. O guardião do Tejo disse a O MIRANTE que desde a tempestade Elsa, que atingiu o nosso país no final do ano passado, que tem havido espuma branca no rio, que indicia poluição. “Há cerca de uma semana detectei focos de poluição a jusante da Barragem de Belver, na zona de Ortiga e também em Abrantes. Como choveu nas últimas semanas temos que esperar que os caudais das ribeiras estabilizem para podermos verificar se a poluição continua ou não”, afirma.

Arlindo faz questão de denunciar os actos de poluição na sua página da rede social Facebook e também no seu canal do Youtube, onde coloca imagens dos vídeos que vai fazendo. Logo após a tempestade Elsa, Arlindo publicou um vídeo onde alerta para a poluição na zona de Abrantes. Apaixonado pelo rio Tejo, onde cresceu na zona de Ortiga, concelho de Mação, sempre se preocupou com os problemas de poluição que frequentemente afectam o rio.

Outra situação que Arlindo Marques alerta é para o facto dos caudais do rio Tejo não serem contínuos, o que prejudica a desova dos peixes que começa agora. É nesta altura que que peixes, como a saboga, a lampreia ou o sável, começam a subir o rio para desovar. Segundo explica, a zona do Tejo a partir de Tancos para cima é a melhor para os peixes desovarem. Se os caudais não são contínuos prejudica a desova. “Num dia o caudal está muito alto, ou porque choveu ou porque as barragens fizeram alguma descarga. Se passados dois dias o caudal está muito baixo as ovas apanham sol e morrem. Por isso é que os caudais têm que ser constantes, para que os peixes se reproduzam”, explica.

Arlindo Marques tem-se destacado na denúncia dos atentados ambientais que têm assolado o rio nos últimos anos. Há dois anos, a 24 de Janeiro de 2018, o rio Tejo ficou coberto por um manto de espuma branca com cerca de meio metro na zona de Abrantes, junto à queda de água do açude insuflável. Foram as denúncias de Arlindo Marques que chamaram à atenção dos meios de comunicação social nacional e o Governo a tomar uma posição sobre o assunto na altura.

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