Sociedade | 11-02-2020 10:00

Anomalia imprevisível encarece requalificação do mercado de Santarém

Anomalia imprevisível encarece requalificação do mercado de Santarém

Edifício, datado de 1930, foi construído sem fundações e essa imprevista anomalia só foi detectada depois de ter começado a empreitada de requalificação.

A empreitada de requalificação do Mercado Municipal de Santarém vai custar pelo menos mais 348 mil euros do que o orçamento previsto, que rondava os 2 milhões de euros. A encarecer o projecto está a necessidade de proceder ao reforço estrutural de paredes e fundações, já que no decorrer dos trabalhos verificou-se que o edifício, construído em 1930, assentava directamente no terreno, sem qualquer tipo de fundação.

Uma situação “imprevisível” e que, por isso, não constava no caderno de encargos da obra, explicou o presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves (PSD), na reunião do executivo de segunda-feira, 3 de Fevereiro, onde foi questionado sobre o assunto pela oposição. O autarca adiantou que vai tentar arranjar comparticipação da União Europeia para pagar esses trabalhos a mais, adiantando que se tal não se concretizar tem que ser o município a arcar com a despesa na totalidade.

Os vereadores socialistas Rui Barreiro e José Augusto Santos estranharam que essa anomalia não tivesse sido detectada aquando da elaboração do projecto de requalificação do mercado, tendo Ricardo Gonçalves reiterado que era uma situação “imprevisível” e “impossível de verificar”. Só com o andamento da empreitada, quando se procedeu à remoção dos pavimentos, é que se verificou que não existiam fundações, o que podia comprometer a segurança estrutural do edifício. Foi também detectada a fragilidade das paredes divisórias das lojas, após se ter começado a remover o revestimento das mesmas. Para corrigir esses problemas, foi contratado um reforço estrutural integrado de paredes e fundações que tem um orçamento de 348 mil euros mais IVA.

As obras de requalificação do mercado municipal de Santarém iniciaram-se no dia 13 de Agosto de 2019. A empreitada foi adjudicada à empresa Habitâmega Construções S.A. e tem um prazo de execução de um ano. A intervenção prevê a recuperação integral do espaço, com o objectivo de reparar os danos estruturais existentes e, ao mesmo tempo, criar uma área mais moderna e funcional, destinada a ser vivida diariamente. Os vendedores estão instalados provisoriamente na Casa do Campino.

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